A cera perfumada contribui para a poluição do ar interior a níveis comparáveis aos dos motores a gasóleo e dos fogões a gás, de acordo com um estudo publicado na Environmental Science & Technology Letters.
Investigadores dos Estados Unidos e da Alemanha descobriram que «estes produtos, apesar de não produzirem chama, emitem compostos orgânicos voláteis (COV), em particular terpenóides, que interagem com o ozono para formar minúsculas partículas».
A formação dessas partículas, conhecidas como aerossóis de nanoclusters, pode levar a problemas de qualidade do ar. Embora os efeitos destas partículas na saúde ainda não sejam totalmente compreendidos, elas são suficientemente pequenas para penetrarem profundamente nos pulmões.
O Science Alert cita uma investigação de 2021 que associou estas partículas a problemas respiratórios e cardiovasculares.
Utilizando uma lupa de alta resolução para medir o tamanho das partículas e um espetrómetro de massa, os cientistas conseguiram ver como as fragrâncias reagem com o ozono para formar nanopartículas em ambientes fechados que crescem e evoluem no ar.
Os resultados sugerem que, «depois de 20 minutos de exposição, uma pessoa pode inalar milhares de milhões de nanopartículas, com eventuais riscos — ainda desconhecidos — para a saúde».
O alerta dos especialistas estende-se aos difusores de óleo, ambientadores e desinfetantes, que comprovadamente contribuem para a poluição por nanopartículas.