O empresário destacou como a disseminação de notícias falsas está a afetar principalmente os jovens, que passam grande parte do tempo nas plataformas digitais.
Para Gates, a evolução da tecnologia tem sido tão rápida que a capacidade dos utilizadores de discernirem entre informações verdadeiras e falsas não tem conseguido avançar ao mesmo ritmo. Na sua opinião, a velocidade com que as falsidades são geradas e espalhadas, especialmente através de ferramentas tecnológicas como chatbots de inteligência artificial , agrava ainda mais o problema. «A desinformação não só é mais comum, como é mais difícil de travar», sublinha.
Gates tem sido vítima frequente de desinformação, muitas vezes ligada a teorias da conspiração que circulam online.
Porém, foi uma conversa com a filha que o fez refletir mais profundamente sobre a abrangência desse fenómeno. «Ouvir a minha filha falar sobre como ela foi assediada online e como os seus amigos também passaram por essa experiência fez-me olhar para a situação de uma forma que não havia considerado antes», revelou.
As consequências da manipulação da informação sobre os jovens são graves, não só em termos de saúde mental, mas também na formação das suas opiniões e no seu bem-estar social. Apesar dos esforços dos governos e das plataformas tecnológicas para moderar o conteúdo, Gates acredita que ainda não existe uma solução clara à vista para impedir completamente a propagação de notícias falsas.
«É um problema que não será resolvido tão cedo», reconheceu, sublinhando que a chave poderia ser educar as novas gerações no pensamento crítico.