O que é a atrofia vaginal? Estas são as 4 coisas que precisa (mesmo) de saber

Apesar de ser um problema comum que afeta muitas mulheres com mais de 50, este continua a ser um tema pouco debatido

Pode parecer algo surpreendente, mas infelizmente as questões que afetam as mulheres mais maduras continuam a ser um mistério para grande parte da população. As alterações hormonais, físicas e emocionais que o corpo de uma mulher enfrente depois dos 50 anos não são explicadas, nem conhecidas, tal como seria mais correto. Afinal as mulheres representam mais de metade da população mundial. Porque não são então mais debatidos estes assuntos?

Muitas mulheres continuam a sofrer em silêncio. Continuam a esconder certas questões e problemas que porventura deveriam ter um acompanhamento médico especializado.

 

O que é a atrofia vaginal?

A deficiência de estrogénio que ocorre com a chegada da menopausa pode levar a um estreitamento do epitélio vaginal. Os tecidos que compõe a vagina começam a perder elasticidade, a ficar mais finos e a encolher. Esta atrofia vaginal pode ter como sintomas uma diminuição da lubrificação natural, uma maior comichão ou dor durante o ato sexual. Um aumento da frequência de infeções urinárias e do corrimento vaginal, podem também ser provocados por este problema que afeta quase metade das mulheres com mais de 50 anos.

Eis algumas questões que ajudam a compreender melhor esta condição médica

  1. É algo pouco reportado

Apesar de este ser um problema que pode diminuir consideravelmente a qualidade de vida das mulheres na pós-menopausa, a verdade é que são poucas a que vão procurar apoio médico sobre esta questão. Muitas vezes simplesmente por desconhecerem as características deste problema. A grande maioria das mulheres acaba por não falar com o seu médico sobre os sintomas de atrofia vaginal – tais como a secura vaginal, comichão e dor – pois acreditam que esta é apenas uma questão normal associada ao envelhecimento.

  1. Pode afetar todas as mulheres, mas é mais comum numa idade mais avançada

Tal como explica o ginecologista Anuja Vyas, a atrofia vaginal pode acontecer em qualquer altura da vida de uma mulher, mas é bastante mais frequente na pós-menopausa, quando se verifica habitualmente um desequilíbrio dos níveis de estrogénio. Entre 60-70% de todas as mulheres que passam pela menopausa irão ter que enfrentar alguns dos sintomas associados a atrofia vaginal. Apesar de ser algo intimidante, este é um problema que pode ser facilmente identificado e diagnosticado por um profissional clínico que depois poderá ajudar a tratar o problema e a melhorar a qualidade de vida das suas pacientes.

  1. Existem vários tratamentos

Felizmente este não tem que ser um problema crónico, permanente, que irá afetar a vida da mulher para sempre. Existem várias soluções que permitem aliviar e tratar grande parte dos sintomas. Habitualmente o tratamento passa inicialmente pela prescrição de lubrificantes e hidratantes que possam diminuir a secura e comichão.

Caso estas soluções tópicas não ajudem a controlar os sintomas, então poderá ser recomendado uma terapia laser ou rádio termal. O principal objetivo de ambos os tratamentos é conseguir eliminar a camada superior da pele na região vaginal, fomentando o aparecimento de tecido mais novos e saudáveis. Por sua vez, estas novas células serão capazes de aumentar a lubrificação e flexibilidade.

  1. Uma atividade sexual regular pode prevenir o problema

De acordo com o instituto Harvard Health, a uma atividade sexual regular pode contribuir para melhorar a circulação sanguínea na vagina, ajudando assim a prevenir a atrofia e degradação destes tecidos de pele. Esta é considerada uma das formas mais eficazes de prevenir o problema, não existindo, no entanto, nenhuma solução “milagrosa” para o evitar por completo.

Felizmente, e tal como explicado, o tratamento deste problema pode ser bastante simples, como tal é recomendado que todas as mulheres que entrem na fase de menopausa procurem visitar regularmente o seu ginecologista, não tendo receio de apresentar quaisquer sintomas que possam estar a sentir.

 

 

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