Uma tradição que resiste
Os mercados municipais e feiras de rua são parte da cultura portuguesa. Durante anos perderam espaço para os hipermercados, mas nos últimos tempos têm assistido a uma renovada procura. Em Lisboa e no Porto, mercados históricos como o da Ribeira ou o do Bolhão transformaram-se em polos de consumo e turismo, mas também em espaços de compra do dia-a-dia.
Porque compramos a granel
Segundo dados da Deco Proteste, 67% dos portugueses valorizam poder comprar apenas a quantidade necessária. Esta prática ajuda a reduzir o desperdício alimentar e permite ajustar as compras ao orçamento mensal. Além disso, o contacto direto com os vendedores cria uma experiência mais humana e personalizada.
Sustentabilidade em primeiro lugar
Comprar a granel significa menos embalagens e menos plástico. Um relatório da Agência Europeia do Ambiente mostra que 40% do plástico descartável na Europa está ligado a embalagens alimentares. A compra em mercados locais contribui para reduzir esta pegada.
Produtos frescos e de proximidade
A origem dos produtos é outro fator relevante. Muitos consumidores preferem apoiar pequenos agricultores e produtores regionais. Em Portugal, feiras como a de Barcelos ou o Mercado de Olhão destacam-se pela oferta de produtos frescos e sazonais. Esta proximidade garante mais sabor e qualidade nutricional.
Impacto social e cultural
- Encontros comunitários: os mercados são locais de convívio intergeracional.
- Preservação de tradições: muitos produtos artesanais só se encontram nestes espaços.
- Economia local: o dinheiro gasto fica na comunidade.
Conclusão
O regresso aos mercados locais não é apenas uma tendência passageira. É uma resposta consciente a preocupações ambientais, económicas e sociais. Comprar a granel e valorizar o comércio de proximidade pode ser um gesto simples, mas com impacto profundo na vida das famílias e das comunidades.










