Juliana Marins, uma jovem brasileira de 26 anos, foi encontrada sem vida esta terça-feira, 24 de Junho, após ter desaparecido no sábado anterior (dia 21), durante uma caminhada no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia, situado na ilha de Lombok.
A informação foi confirmada pela família da jovem, que se encontrava desde Fevereiro a fazer um mochilão pelo Sudeste Asiático, explorando destinos como as Filipinas, o Vietname e a Tailândia, cuja viagem partilhava regularmente nas suas redes sociais.
Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Juliana estava a concretizar um sonho antigo: conhecer o mundo de mochila às costas. A sua paixão por novas culturas e aventuras era evidente nas fotografias e relatos que publicava ao longo do percurso.
Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Juliana também se apresentava como dançarina de pole dance, atividade que integrava com entusiasmo e dedicação na sua vida pessoal e profissional.
Em declarações ao portal g1, a advogada Flávia Dela Libera Vieira, amiga de Juliana desde os tempos em que frequentaram juntas o curso de Direito na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), descreveu a jovem como alguém de espírito livre, expansivo e cheio de alegria.
“Ela estava muito feliz. Fazer um mochilão era algo que fazia sentido para a vida dela, um sonho. Ela sempre foi muito expansiva e divertida, e eu estava muito, muito feliz por ela”, afirmou Flávia, visivelmente emocionada.
“Na nossa última conversa, ela contou-me os planos da viagem. O Brasil não bastava para alguém como ela.”
Juliana caiu de um penhasco enquanto subia a trilha até ao cume do Monte Rinjani, um local frequentemente visitado por viajantes aventureiros e amantes de natureza. As autoridades locais conduziram várias operações de busca até localizarem o corpo da jovem, numa descoberta que devastou familiares e amigos.
Juliana Marins deixa uma memória luminosa por onde passou — nas pessoas que conheceu, nos projectos que abraçou e na forma única como encarava a vida. A sua partida precoce é um lembrete da beleza e da fragilidade das viagens, tanto exteriores como interiores.