Rosa Magalhães, carnavalesca com mais títulos no Sambódromo do Rio de Janeiro, morreu na noite desta quinta-feira vítima de enfarte. Campeã absoluta da avenida, Rosa colecionou sete títulos ao longo de mais de 50 anos de Carnaval.
Começou a carreira como assistente, em 1970, no Salgueiro. No ano seguinte, a escola foi campeã. Em 1982, Rosa foi campeã pela primeira vez como carnavalesca, no Império Serrano. Ao lado de Lícia Lacerda, venceu com “Bum bum paticumbum prugurundum”.
Em 1987, também ao lado de Lícia Lacerda, sacudiu a Sapucaí com “Ti-ti-ti do sapoti”, levando a Estácio ao quarto lugar.
Cinco anos depois, com a morte de Viriato Ferreira, Rosa passou a assinar sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense. A carnavalesca fez história na escola, conquistando cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001).
O último título foi em 2013, na Unidos de Vila Isabel. Em 2023, Rosa foi carnavalesca no Paraíso do Tuiuti, conquistando o oitavo lugar.
Além do Carnaval, Rosa venceu um prémio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.
Já em 2016, a carnavalesca foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio. A festa teve Martinho da Vila cantando “Carinhoso” e muito samba.
Para Fábio Fabato, jornalista e amigo da carnavalesca, Rosa merece estar no mesmo altar de artistas como Tarsila do Amaral e Candido Portinari.