Um like promove uma ação positiva no cérebro de quem gosta e de quem recebe o like. Mas, é preciso cuidado com essa dinâmica em momentos como os atuais que levam ao esvaziamento dos sentimentos humanos.
Com um click é hoje muito fácil conquistar, acabar, excluir, bloquear pessoas como um produto descartável.
Quem tem muitos “amigos” nas redes sociais, muitas vezes continua solitário sempre à espera que alguém “like” aquilo que partilhou.
À luz da neurobiologia o cérebro humano precisa de determinados estímulos que influenciam a autoestima e a aceitação num determinado grupo de pessoas. Enquanto “animal social”, o ser humano precisa de elogios como fator estimulante para ativar o sistema de recompensa emocional.
O cérebro “adora” novidades, sendo que seleciona o que é importante para depois guardar.
Desta forma percebemos que trabalha em duas etapas.
Devido ao facto de da primeira etapa ser mais prazerosa, libertando compostos químicos que satisfazem o corpo, acaba por querer sempre mais e mais novidades ficando sem tempo para guardar o conteúdo na segunda etapa.
E aqui a Internet é top, ao produzir informações rápidas e inovadoras.
As redes sociais influenciam os sentidos biológicos e estimulam o cérebro humano a continuar “ligado”. O processo acontece devido ao prazer estabelecido na função cerebral, como acontece ao comer comidas calóricas, dormir bem ou fazer sexo.
As redes sociais provocam uma modificação cerebral, sendo que evidências científicas demonstram que conexões neuronais são estimuladas por determinados fatores neurotróficos que estabelecem novas rotas alternativas nas células neuronais do córtex cerebral.