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Opinião: «Qual é a relação entre a obesidade e a doença do refluxo gastroesofágico?», Alexandre Ferreira, gastrenterologista

17 Junho 2025
Alexandre Ferreira, gastrenterologista no Hospital da Luz, membro da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

Artigo de opinião de Alexandre Ferreira, gastrenterologista no Hospital da Luz, membro da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

A obesidade é uma doença crónica complexa em crescimento, que afeta cerca de 29% da população adulta em Portugal. A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é igualmente uma patologia frequente, com uma prevalência de 20%. A DRGE é caracterizada por sintomas como regurgitação, ardor ou dor torácica, relacionados com a passagem excessiva de conteúdo gástrico para o esófago.

A obesidade e o excesso de peso constituem um importante fator de risco para a DRGE, tendo estudos epidemiológicos demonstrado uma prevalência, nesta população, de 40 a 60%. Este grupo de doentes tem também risco aumentado de complicações associadas ao refluxo, como a esofagite erosiva, o esófago de Barrett e o cancro do esófago.

A relação entre obesidade e DRGE é complexa e multifatorial. Fatores como a dieta, o sedentarismo, o microbioma e a predisposição genética podem desempenhar papéis importantes no desenvolvimento de ambas as condições. Além disso, a presença de DRGE pode agravar o quadro de obesidade, uma vez que os sintomas podem levar a alterações no comportamento alimentar e estilo de vida.

A obesidade abdominal, em particular, parece contribuir diretamente para a DRGE por mecanismos anatómicos e hormonais que resultam no aumento da pressão intra-abdominal, maior relaxamento do esfíncter esofágico inferior, atraso no esvaziamento gástrico e alterações na produção de ácido pelo estômago.

O tratamento da DRGE nos doentes com obesidade é desafiante e deve incluir, para além da medicação (inibidores da produção de ácido), estratégias de controlo do peso e da composição corporal e alterações comportamentais específicas.

A perda de peso tem mostrado benefícios consistentes na redução dos sintomas da DRGE. Alterações na dieta, aumento da atividade física, medicação e, em casos selecionados, abordagem endoscópica e/ou cirúrgica, podem contribuir para a melhoria do quadro clínico, tanto do refluxo como da própria obesidade.

O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), da Direção Geral de Saúde, promove a adoção de uma dieta equilibrada e a prática regular de atividade física, visando a prevenção e controlo da obesidade e das suas complicações, incluindo a DRGE. Estas medidas são fundamentais e os profissionais de saúde têm um papel crucial na sua implementação, devendo agir numa relação de proximidade com a população.

Em conclusão, a obesidade é um importante problema de saúde pública e um fator de risco significativo para o desenvolvimento e complicações da DRGE. A abordagem terapêutica eficaz deve incluir promoção de hábitos de vida saudáveis, estratégias de perda de peso (incluindo medicação, intervenções endoscópicas e cirúrgicas) e controlo de sintomas de refluxo. A divulgação dos riscos associados à obesidade e a implementação de políticas públicas junto da população são essenciais no combate a esta patologia em Portugal.

 

O Mês da Saúde Digestiva é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

Saiba mais em www.saudedigestiva.pt.

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