Entre 1990 e 2021, o número de novos casos de AVC subiu 70%, afetando 11,9 milhões de pessoas em 2021. O AVC já é a terceira principal causa de morte no mundo, sendo a maioria dos casos em países de baixa e média renda.
A pesquisa aponta que a exposição crescente a fatores de risco modificáveis, como pressão arterial elevada, obesidade, sedentarismo e dietas ricas em bebidas açucaradas, está diretamente relacionada ao aumento desse problema. O estudo também revela que o AVC hemorrágico, que é mais mortal, afeta principalmente populações mais jovens em países de baixa renda, onde os serviços de prevenção e tratamento são menos acessíveis.
Entre os fatores ambientais, a poluição do ar é um dos principais contribuintes para o aumento dos casos de AVC, com impacto significativo em países da Ásia e da África Subsaariana. Por outro lado, houve progresso na redução de riscos associados à dieta e ao tabagismo, indicando que políticas públicas voltadas para a qualidade do ar e campanhas antitabagismo têm sido eficazes.
Os autores do estudo defendem a implementação urgente de estratégias preventivas em nível global, como o uso de plataformas de telemedicina e medidas para melhorar a capacidade dos sistemas de saúde. Essas ações poderiam reduzir drasticamente o número de AVCs nas próximas décadas e melhorar a saúde cerebral da população mundial.