Muitas pessoas na faixa dos 50 e 60 anos compram suplementos ou fazem quebra-cabeças na esperança de proteger a saúde do seu cérebro. Especialmente se tiverem familiares com perda de memória e demência. No entanto, estas podem não ser as estratégias mais eficazes
Um novo estudo norte-americano, na temática do envelhecimento saudável, descobriu que os americanos mais velhos preferem ter a iniciativa de realizar atividades e exercícios mentais, do que falar com os médicos sobre formas de evitar o declínio do cérebro. Mesmo quando quase metade (48%) dos entrevistados no estudo da Universidade de Michigan indicaram que achavam provável que a demência se desenvolvesse em algum momento das suas vidas.
Embora, a saúde mental esteja nas preocupações de muitos participantes, apenas 5 por cento da totalidade e 10 por cento dos que tinham antecedentes familiares de demência se dirigiram ao médico para saber como prevenir problemas de memória. Paralelamente, 73 por cento dizem que fazem palavras cruzadas, exercícios mentais ou tomam suplementos para manter a sua capacidade de raciocínio apurada. Nenhuma dessas estratégias demonstrou em outros estudos científicos ter verdadeiros benefícios.
Esta pesquisa entrevistou mil e 28 adultos entre 50 e 64 anos sobre saúde cerebral. O psiquiatra geriátrico e coautor da pesquisa, Donovan Maust, sugere que «muitas pessoas podem não perceber a importância da opinião de um profissional médico», que lhes pode dar algumas diretrizes, de acordo com a OMS, para «preservar a saúde do cérebro com o controlo da pressão arterial e do nível de açúcar no sangue, através de mais atividade física regular, melhor sono ou parar de fumar», por exemplo. A Organização Mundial de Saúde recomenda, ainda, que as pessoas controlem o seu peso e o nível de colesterol e tenham uma alimentação saudável e um consumo moderado de álcool.