Sinal dos tempos, talvez, os casais estão cada vez menos juntos. Mas, se há quem dê relativa importância a isso, para outros a incompatibilidade de horários é algo que pode alimentar discussões de parte a parte e condenar um relacionamento ao fracasso. Como resistir ao teste do tempo? Afinal, quantas horas devemos passar juntos com o nosso companheiro ou companheira? O “The Guardian” foi à procura de respostas.
No fundo, não há uma fórmula exacta. «Depende», considera o terapeuta Silva Neves, que dedica-se a compreender e a melhorar as relações amorosas. O ideal, continua, é que os casais consigam ter «um contacto significativo» logo pela manhã, uma vez que a intimidade é um dos pilares base da maioria dos relacionamentos. Pode ser um abraço mais longo, um beijo ou uma troca de mensagens mais sexy ao longo do dia para apimentar a relação. «São pequenas coisas que consomem muito pouco tempo, mas que fazem uma grande diferença na ligação entre os casais», afirma.
Segundo o especialista, qualquer relação tem os seus altos e baixos, mas quando um dos elementos é muito centrado em si próprio torna-se emocionalmente desgastante e é muito difícil de manter. Torna-se um problema, explica, «quando uma das partes toma o companheiro por garantido».
Dee Holmes, especialista da Relate, uma empresa britânica que trata questões relacionadas com a conjugalidade, defende que «não existe um tempo mínimo», uma vez que «o que funciona para alguns casais pode não significar o mesmo para outros». E deixa o recado: casais que estão juntos 24 horas por dia também estão em risco de desgaste. «É saudável ter tempo separado. Dá-nos outras coisas para conversar e faz com que apreciemos mais o tempo em casal.»
Na sua opinião, a comunicação entre casais é o mais importante. «Se os casais souberem comunicar vão evitar mal-entendidos ou que o parceiro se sinta negligenciado», diz.