A reativação temporária da falha de Colihuire-Huatajcucho, no sul do Peru, provocou pequenos e médios sismos e 108 réplicas durante três dias consecutivos na região de Caylloma, em Arequipa, onde não foram registadas vítimas até ao momento.
Em comunicado o Ministério do Ambiente do Peru acrescenta não terem sido registados danos materiais.
“Em Caylloma ocorreram, estão a ocorrer e continuarão a ocorrer sismos. O nível de afetação observado nas localidades de Maca, Lari e outras está ligado ao tipo de construção das casas, maioritariamente de adobe e pedras, bem como à presença de encostas que dão origem à queda de pedras que obstruem as estradas do vale do Colca”, disse o presidente executivo do Instituto Geofísico do Peru (IGP), Hernando Tavera, em comunicado.
Através do Ministério do Ambiente, o IGP que a série de terramotos registados desde sexta-feira foi gerada pela reativação temporária da falha Colihuire-Huatajcucho, localizada numa das áreas geodinâmicas mais ativas do Peru, Caylloma.
Hoje, o Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci) informou que, até ao momento, foram afetadas 26 casas, três templos religiosos e uma repartição pública, bem como 330 metros de estrada rural, nos distritos de Maca, Lari, Yanque, Ichupampa, Tuti e Cabanaconde.
A instituição esclareceu que não foram registados quaisquer danos pessoais.
O mais forte dos sismos ocorreu na sexta-feira e teve uma magnitude de 5,2 às 20:49 horas locais (01:49 TMG) e foi sentido com uma intensidade máxima de 5 graus nas localidades de Maca, Ichupampa, Lari e Coporaque.
“Como resultado, foram observados níveis significativos de tremores de terra que causaram o desmoronamento de casas feitas de material precário e a ocorrência de deslizamentos de terra e desabamentos que interromperam as vias de comunicação”, disse o IGP.
O último tremor registado em Arequipa ocorreu às 04.03 horas (09.03 TMG) de domingo com uma magnitude de 3,7 e epicentro a 16 quilómetros a sul do distrito de Maca, na mesma província de Caylloma, somando-se aos oito sismos ocorridos na mesma zona desde sexta-feira.
O IGP sublinha que uma particularidade da recente atividade sísmica está ligado a sismos precursores na zona, uma vez que o sismo de magnitude 5,2 de sexta-feira foi precedido por até seis ocorridos desde 28 de maio, o maior dos quais com uma magnitude de 4,5.
Nas 48 horas que se seguiram ao sismo principal, o IGP detctou um total de 108 réplicas com magnitudes iguais ou superiores a 3 graus.