Segundo a Polícia Nacional de Espanha, estes sinais podem indicar que está a ser vítima de uma das ciberfraudes mais sofisticadas e perigosas da atualidade: o SIM swapping.
Trata-se de um método cada vez mais utilizado por cibercriminosos para aceder a dados pessoais e bancários, com o objetivo de roubar dinheiro, pedir empréstimos em nome da vítima ou até extorquir informação sensível.
O SIM swapping consiste na clonagem do cartão SIM do telemóvel. Os criminosos obtêm dados pessoais da vítima — normalmente através de técnicas de phishing, malware ou observação em redes sociais — e utilizam essa informação para solicitar à operadora um duplicado do cartão SIM, alegando uma falsa perda ou roubo.
Uma vez ativado o novo cartão, o cartão original é desativado automaticamente, deixando o telemóvel da vítima sem rede. A partir desse momento, os criminosos passam a controlar o número de telefone, o que lhes permite:
-
Receber mensagens de autenticação de dois fatores (como códigos de acesso bancário)
-
Aceder às contas bancárias
-
Realizar transferências
-
Solicitar créditos
-
Alterar palavras-passe de serviços online
A Polícia Nacional espanhola e a Oficina de Segurança do Internauta (OSI) destacam alguns sinais claros de que pode estar a ser vítima de SIM swapping:
-
Falta de sinal no telemóvel sem explicação aparente (não consegue fazer chamadas nem enviar mensagens).
-
Notificações da operadora indicando que o seu número foi ativado noutro dispositivo.
-
Dificuldade em aceder às suas contas bancárias — as suas credenciais deixam de funcionar repentinamente.
-
Recebe alertas de atividades suspeitas em contas bancárias ou redes sociais.
Se detetar algum destes sinais, o recomendado é:
-
Contactar imediatamente a operadora
-
Verificar os movimentos bancários
-
Informar o banco e as autoridades competentes
A prevenção continua a ser a melhor estratégia. A OSI e a OCU (Organização de Consumidores e Utilizadores) partilham várias medidas de segurança eficazes:
-
Ativar a autenticação em dois passos nas suas contas — use aplicações como Google Authenticator ou Microsoft Authenticator.
-
Evitar partilhar dados pessoais nas redes sociais (data de nascimento, número de telefone, morada…).
-
Rever regularmente as opções de recuperação de conta nos serviços online.
-
Desconfiar de links suspeitos, mesmo que aparentem vir de contactos conhecidos.
-
Atualizar palavras-passe com regularidade, e evitar usar combinações fracas ou repetidas.
-
Evitar redes Wi-Fi públicas para aceder a serviços bancários ou introduzir informações sensíveis.
-
Em caso de perda de rede sem justificação, ligar de imediato para a operadora telefónica e alertar o banco.