Um novo estudo realizado por cientistas do Reino Unido descobriu um novo gene que pode estar relacionado com as principais causas da doença.
A descoberta foi publicada na revista científica Science.
De acordo com especialistas, esta é uma abordagem promissora para tratar a perda de neurónios decorrente da doença.
Um dos principais fatores desencadeantes do Alzheimer é a redução da quantidade de neurónios no doente, algo que a ciência ainda não percebeu completamente. Mas, sabe-se que um processo conhecido como necroptose está diretamente relacionado com este fenómeno.
A necroptose é um tipo bastante particular de morte celular. Ela faz com que, após a morte de um neurónio, os neurónios vizinhos também fiquem afetados.
Isso gera um efeito em cascata que acelera a progressão do Alzheimer, conhecido como suicídio celular.
No estudo foi descoberto que, nos espaços gerados entre os neurónios se acumulam amilóides anormais, relacionados com o Alzheimer. Esse acumular gera uma neuro-inflamação, o que desencadeia alterações na química cerebral interna.
Depois surgem emaranhados da proteína TAU, também ligada ao Alzheimer, e as células cerebrais passam a produzir um gene de RNA, chamado MEG3, que, por sua vez, desencadeia a necroptose. Após a descoberta, os cientistas bloquearam a MEG3, o que fez com que as células cerebrais sobrevivessem.
Ao utilizarem um novo modelo, os investigadores notaram que apenas os neurónios humanos exibiam traços associados ao Alzheimer. Isso, por sua vez, indica a possível influência de fatores específicos do ser humano na manifestação da doença.
Adescoberta abre novos horizontes para o tratamento de Alzheimer, mas ainda são necessários mais estudos.