O músico e compositor Sérgio Godinho apresenta no próximo ano um novo espetáculo, “Liberdade25”, que acontecerá em março nos Coliseus de Lisboa e do Porto, e no qual irá passar em revista mais de 50 anos de carreira, avança a Lusa.
Num comunicado hoje divulgado pela empresa de agenciamento Vachier & Associados, “nos dias 20 e 23 de Março [de 2024], ‘Sérgio & Os Assessores’ apresentam ao vivo em Lisboa e no Porto, respetivamente, o espetáculo que estará na estrada no próximo ano: ‘Liberdade25’, a celebração de uma carreira que se confunde com história do quotidiano português e que tem numa canção composta em 1974 um dos seus hinos obrigatórios”.
“Liberdade” é um dos temas de Sérgio Godinho integrado no álbum “À queima-roupa”, editado em outubro 1974, seis meses depois da ‘Revolução dos Cravos’.
Em 2014, a canção foi título de um espetáculo que Sérgio Godinho levou a vários palcos nacionais, e que deu origem a um álbum ao vivo, “Liberdade”.
“A passagem de meio século sobre a ‘Revolução dos Cravos’ justifica uma nova visita ao seu repertório mais engajado e que em 2024 continua a justificar a exponenciação da palavra ‘Liberdade’ e agora, também de ‘25’, como o dia maior da sua expressão, tal como [a poeta] Sophia [de Mello Breyner Andresen] imortalizou em ‘Esta é a madrugada que eu esperava’”, lê-se no comunicado.
No novo espetáculo “Liberdade25”, Sérgio Godinho “passará em revista a rica discografia constituída por 20 álbuns em estúdio e 10 registos ao vivo, sem esquecer um olhar atento à ‘liberdade’ que outros anunciaram no último quarto de século e a que Sérgio se propõe dar voz”.
Sérgio Godinho estará em palco com Os Assessores (grupo constituído pelos músicos Nuno Rafael, Miguel Fevereiro, João Cardoso, Nuno Espírito Santo e Sérgio Nascimento), banda que o acompanha há alguns anos.
Sérgio Godinho, de 78 anos, é considerado um dos renovadores da música portuguesa nos últimos 50 anos.
Estudou Psicologia em Genebra, durante dois anos, foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960, sendo de 1971 o seu primeiro álbum, “Os Sobreviventes”, a que se seguiram mais 30 editados até aos dias de hoje.
O mais recente de originais, “Nação Valente”, saiu em 2018.
No final do ano será editada uma compilação, que reúne “alguns dos melhores momentos de Sérgio Godinho em estúdio e ao vivo”, bem como “gravações raras espalhadas por diversas edições”, segundo a Vachier & Associados.
Apesar de ser conhecido sobretudo pela música, Sérgio Godinho tem canalizado a escrita criativa por outros géneros, como teatro, argumento para cinema, ficção para crianças, poesia e contos, em títulos como “O Pequeno Livro dos Medos”, “O Sangue por Um Fio” e “Vida Dupla”.
Em 2016, editou “Coração mais que perfeito”, o primeiro romance, ao qual se seguiu “Estocolmo”, em 2019. Até ao final deste ano está prevista a edição de um novo romance do músico: “Vida e Morte nas Cidades Geminadas”.