Partilhar

Subsídio para cuidadores informais chega a pouco mais de 30% dos 16 mil com estatuto

Saiba mais sobre esta situação.

11 Setembro 2023
Forever Young

Apenas cerca de três cuidadores informais em cada 10, dos quase 16 mil com direito a estatuto, estão a receber o respetivo subsídio, um valor que para a Associação Nacional de Cuidadores Informais representa “uma ínfima parte das pessoas”, avança a Lusa.

No dia 06 de setembro completaram-se quatro anos da aprovação na Assembleia da República do Estatuto do Cuidador Informal (ECI) e, segundo dados enviados à Lusa pelo Instituto de Segurança Social (ISS), há “quase 16 mil pessoas” abrangidas pelo regulamento, contabilizadas até ao início do mês de agosto.

Por outro lado, e relativamente aos cuidadores que tiveram direito a receber o respetivo subsídio, o ISS disse que foram “deferidos perto de 5.200”, o que quer dizer que pouco mais de 30% tem direito a receber um apoio financeiro por parte do Estado que, em média, ronda os 303,30 euros por mês.

Na opinião da vice-presidente da Associação Nacional de Cuidadores Informais (ANCI), aqueles 5.200 cuidadores são “uma ínfima parte das pessoas”, tendo em conta que “só os [cuidadores] principais é que podem ter direito a subsídio” e de acordo com o rendimento do agregado familiar.

Para ter direito ao ECI a pessoa cuidadora tem de estar casada ou ser familiar (até ao 4.º grau em linha reta ou colateral) da pessoa cuidada, mas o subsídio só é atribuído a quem for cuidador informal principal, ou seja, resida com a pessoa cuidada, preste cuidados de forma permanente, não tenha atividade profissional remunerada nem seja pago pelos cuidados que presta.

Para Maria Anjos Catapirra, esta é uma das regras que deveriam ser mudadas, uma vez que “há imensos cuidadores que não são familiares da pessoa cuidada, continuam a cuidar e não têm direitos”.

“Também não queremos que [a atribuição do subsídio] fique dependente do rendimento do agregado familiar porque, para todos os efeitos, nós trabalhamos 24 horas por dia”, defendeu.

“E também não tem lógica nenhuma que os reformados, que são a maioria dos cuidadores informais, deixem de ter direito [ao subsídio] só porque já têm uma reforma”, acrescentou.

Para Maria Anjos Catapirra, “pelo menos estas três medidas é imperativo que se mexa”, questionando se o Governo tem consciência que grande parte das pessoas que cuidam está na faixa etária entre os 55 e os 65 anos.

Relativamente às quase 16 mil pessoas com ECI, a responsável afirmou que “representa cerca de 10% das pessoas que eventualmente poderiam pedir o seu reconhecimento”, tendo em conta que, explicou, só há direito a reconhecimento como cuidador informal se a pessoa cuidada estiver a receber complemento por dependência ou de assistência por terceira pessoa.

Se o cálculo tivesse por base o valor que se estima ser o total de cuidadores, Maria Anjos Catapirra disse que aí os 16 mil representariam apenas 2%.

Para a vice-presidente da ANCI, “a tutela, neste momento, pura e simplesmente negligenciou os cuidadores informais”, apontando que a comissão de acompanhamento, criada em novembro de 2022 para monitorizar e avaliar a implementação da regulamentação do ECI, está sobretudo sustentada nas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), “que respondem por 35% dos cuidados deste país”.

“Se nós cuidadores informais, que representamos 65% dos cuidados neste país, decidíssemos não cuidar, eu queria ver o que é que os senhores governantes faziam”, questionou.

Maria Anjos Catapirra afirmou que esperava que a comissão tivesse uma ação mais interventiva junto da tutela, mas disse recear que isso não venha a acontecer, uma vez que nesta comissão apenas a ANCI, a Associação Cuidadores Portugal e a Alzheimer Portugal representam os cuidadores.

Criticou que, apesar da legislação aprovada, continue a faltar a implementação de medidas, dando como exemplo a atribuição do profissional de saúde de referência, o acesso ao apoio domiciliário ou ao descanso do cuidador, que este ano, segundo o ISS, só foi usado por 53 pessoas.

Mais Recentes

Óbito: Morreu o cantor Nuno Guerreiro

há 54 minutos

Planta da prosperidade: venha conhecê-la e saber como a usar

há 1 hora

Óbito: Morreu Roberto Carlos (não o verdadeiro, mas o seu sócia)

há 1 hora

Hiperglicemia: conheça a condição que levou à morte da atriz Michelle Trachtenberg

há 1 hora

Se tinha planos para ir à praia esta Páscoa esqueça: chuva e frio vão marcar presença nesta época festiva

há 2 horas

Opinião: «Como é que os critérios de qualidade em endoscopia digestiva afetam a prática clínica?», Ricardo Küttner Magalhães, médico gastrenterologista

há 2 horas

Envelhecimento saudável pode dar 0,4 pontos percentuais a crescimento do PIB mundial

há 2 horas

Investigadores portugueses mais perto de nova imunoterapia contra cancro colorretal

há 2 horas

Pedidos de autodeclarações de doença aumentam, totalizando 888 mil desde 2023

há 2 horas

Abertas 579 vagas para médicos de família, 97 para zonas carenciadas

há 2 horas

Governo assinou 90 contratos para criar 3.300 camas de cuidados continuados e paliativos

há 2 horas

Fisco alerta para emails e SMS fraudulentos que estão a ser enviados a contribuintes

há 2 horas

Os 5 alimentos da Páscoa que são perigosos para o seu cão

há 3 horas

4 signos que vão sentir um alívio financeiro até ao fim do mês de abril

há 3 horas

Celebrar 50 anos: dicas para planear uma festa inesquecível

há 4 horas

Importa esclarecer: tem a certeza que sabe aplicar (bem) o protetor solar?

há 5 horas

Lembra-se dos Chuck Taylor All Star XX-Hi? Os All Star de cano longo estão de volta

há 6 horas

O mais recente ícone de moda da terceira idade tem mais de 80 anos

há 6 horas

Tratamentos para rejuvenescer a região dos olhos depois dos 50 anos

há 6 horas

Específicos e importantes: cuidados a ter com a pele após os 60 anos

há 6 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.