Por Onde Irá a História? é o novo livro de Miguel Monjardino, professor de Relações Internacionais e reconhecido especialista em geopolítica e geoestratégia.
Partindo do passado para a exploração do presente e dos possíveis futuros, Miguel Monjardino explica as razões do desequilíbrio do sistema internacional, analisa os mais importantes factos da geopolítica e antecipa o que se pode esperar, em Portugal e no mundo. Um livro essencial para compreender o atual cenário internacional.
A guerra continua a ser possível na Europa. O poder é o que sempre foi: a força mais importante. O que está a acontecer no mundo? Porquê? Como devemos olhar para a política internacional?
Três décadas depois do final da Guerra Fria e da implosão da União Soviética, assistimos a uma mudança de paradigma internacional. A esta alteração profunda, Miguel Monjardino atribui a designação de Crise dos Trinta Anos. Esta crise é uma oportunidade para diferentes países que ambicionam ter mais margem de manobra para defender os seus interesses e valores. Em Moscovo, Pequim e Teerão, os decisores políticos desejam alterar os sistemas regionais em que estão inseridos. As mudanças estruturais nas áreas da ciência e tecnologia, da energia e do sistema financeiro internacional estão a ter grandes consequências ao nível geopolítico. O resultado é um sistema internacional em desequilíbrio.
Tucídides escreveu para nos relembrar as duras realidades da política internacional a nível ideológico e geopolítico. Uma das nossas ilusões desde o final da Guerra Fria em 1989 e o colapso da União Soviética em 1991 foi acreditar que o futuro das democracias liberais estava assegurado e que a rivalidade entre as grandes potências era mesmo uma coisa do passado. Muitos, com importantes responsabilidades políticas na Europa, também pensaram que a guerra tinha deixado de ser possível na Europa. Putin pôs fim a todas estas ilusões. Em Pequim, a Guerra Fria e a competição ideológica, tecnológica e económica com as democracias liberais nunca terminou.
Por onde irá então a história? A fixação no presente e a desvalorização do passado é, hoje em dia, um dos principais obstáculos intelectuais à compreensão do nosso tempo. Acreditamos que vivemos um momento único na história. Na realidade, Portugal e os países europeus já viveram períodos semelhantes. Assim, o conhecimento do passado histórico é crucial para a escolha e decisão sobre possíveis futuros. Precisamos de um novo mapa conceptual para avaliarmos os acontecimentos internacionais.
Sérgio Luís de Carvalho, um dos mais profícuos autores portugueses no género romance histórico, apresenta-nos, neste curioso livro, A Dança dos Loucos, dois momentos na História que se entrelaçam de forma intrigante: um incidente trágico vitima milhares de judeus e muda a História de Portugal, e anos depois, noutra cidade europeia, uma bizarra pandemia leva mais de 400 pessoas a dançar, numa praça, sem qualquer explicação, fatal para alguns. Arte, poesia e música podem levar a algumas respostas.
Um romance baseado em factos reais que, entre a tragédia e a comédia, revela memórias esquecidas da História de Portugal e da Europa em tempos de crise e de revolução.
1506. A peste varre Lisboa. Um incidente trágico vitima milhares de judeus e muda a História de Portugal. Anos depois, noutra cidade europeia, uma estranha epidemia relança o temor…
No dia 19 de abril de 1506, em Lisboa, em pleno domingo de Páscoa, um homem explicou por que razão uma cruz de prata brilhava intensamente na Igreja de São Domingos, em pleno Rossio. Esse simples facto desencadeou uma das maiores matanças da História de Portugal. Devastado, Mestre Navarro parte com as filhas para longe da perseguição.
No dia 14 de julho de 1518, a senhora Troffea começou a dançar freneticamente e sem razão aparente, no centro de Estrasburgo. Em vão a tentaram ajudar, mas a senhora não conseguia parar. Ao fim de alguns dias, eram mais de quatrocentos pessoas a dançar ininterruptamente, alheadas e desesperadas… Foi o início de uma das mais estranhas e bizarras epidemias da História.
Que ligação haverá entre estes dois acontecimentos, um tão trágico, outro tão pícaro? Qual o papel de mestre Navarro e das suas filhas em tudo isto? O que motivou o massacre de Lisboa e a epidemia de Estrasburgo? E… como terminaram?