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Tem noção da importância do diagnóstico precoce e rastreio ao cancro do pulmão?

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31 Julho 2023
Forever Young

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) considera que o diagnóstico precoce e o rastreio ao cancro do pulmão são fundamentais para aumentar a sobrevivência do terceiro tipo de cancro mais frequente em Portugal e o que mais mata, avança a Lusa.

Em comunicado, a propósito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão que se assinala na terça-feira, a SPP faz um alerta sobre os sintomas do cancro do pulmão e sublinha a importância do diagnóstico precoce pelo impacto na diminuição da mortalidade.

“[O rastreio] é recomendável a indivíduos entre os 50 e os 75 anos com um consumo de tabaco superior a 20 unidades/maço-ano e antigos fumadores há menos de 10 anos”, defendem Gabriela Fernandes e Margarida Dias, médicas pneumologistas da SPP, citadas no comunicado divulgado hoje.

Mas a SPP recorda que apesar de o consumo de tabaco ser a principal causa associada a esta doença, há uma percentagem de cerca de 15% dos doentes que é não fumadora, pelo que o diagnóstico precoce pode ficar comprometido.

“Pode verificar-se um atraso no diagnóstico. De um modo geral, os programas de rastreio não incluem esses fatores e, além disso, a população não está tão alerta para a possibilidade dessa ocorrência”, acrescentam as pneumologistas.

Gabriela Fernandes e Margarida Dias indicam que a suspeita deve basear-se sempre na presença de fatores de risco, pelo que além do consumo de tabaco devem ser valorizados fatores como a exposição passiva ao tabaco, exposição a radão (em algumas zonas geográficas e profissões), exposições ocupacionais e historial familiar.

As especialistas destacam que “sintomas respiratórios prolongados – como tosse, expetoração e expetoração com sangue –, sintomas constitucionais para os doentes com doenças respiratórias prévias e modificação dos sintomas preexistentes” são alguns dos sinais aos quais também os profissionais de saúde, nomeadamente dos cuidados de saúde primários, devem estar atentos.

A SPP defende, por fim, uma abordagem “sempre multidisciplinar, atendendo à complexidade crescente que a doença exige”, considerando “nucleares” as especialidades de pneumologia, oncologia, radiologia, cirurgia torácica, anatomia patológica, bem como os cuidados paliativos.

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