O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica ao Terra que existem dois tipos desse sangramento que se localiza abaixo da dura máter, que é uma das membranas que recobrem o cérebro: o agudo e o crónico.
O hematoma subdural agudo normalmente é consequente a traumas de um impacto maior, como acidente de carro, queda de mota ou queda de altura. Já o hematoma subdural crónico vai crescendo aos poucos e pode acontecer mesmo em situações de um trauma de baixo impacto.
«O hematoma subdural crónico é mais comum em idosos, e em pessoas que fazem uso de medicações anticoagulantes ou antiagregantes e alcoólatras», refere.
«Provavelmente deve ter sido o caso do Tony Ramos, pode ter desde dor de cabeça até um quadro mais intenso que pode levar a perda de força de um lado do corpo, sonolência e, se não for tratado, até mesmo coma», diz o especialista.
Pode haver o risco de algumas sequelas em casos de hematoma subdural. Entre elas:
- Dificuldades motoras;
- Problemas de fala;
- Alteração de memória;
- Mudanças de personalidade e outras disfunções cognitivas.
A gravidade das sequelas geralmente está relacionada com o tamanho do hematoma, à rapidez e à eficácia do tratamento, além da presença de danos cerebrais subjacentes.