Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Nova Iorque e da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, revelou que pessoas com mais de 65 anos de idade são as que mais partilham noticias falsas no Facebook.
Além de estarem mais propensos a acreditar em notícias falsas, os idosos são mais facilmente influenciados nas redes sociais. Este tipo de comportamento é independente do nível de educação, sexo, raça, renda ou filiação partidária.
Esta descoberta pode ajudar as plataformas sociais a projetarem intervenções mais eficazes para impedir que os idosos sejam enganados.
O estudo foi publicado na revista Science Advances e examinou o comportamento durante os meses próximos à eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos. Os académicos começaram a trabalhar com a empresa de pesquisa YouGov para montar um painel de 3.500 pessoas que usam e não usam o Facebook.
Os estudiosos avaliaram as categorias individuais de dados que os utilizadores partilhavam. Cerca de 49% dos participantes do estudo que usaram o Facebook concordaram em partilhar seus dados de perfil.
De seguida, verificaram os links postados nos seus feeds e fizeram uma lista de todos os domínios da web que partilhavam notícias falsas. Ao cruzar as informações, conseguiram chegar a alguns dados interessantes sobre a população norte-americana.
Os utilizadores conservadores eram os mais propensos a partilhar notícias falsas do que os liberais. Além disso, republicanos também partilhavam mais links de sites de notícias falsas do que os democratas.
Os utilizadores do Facebook com mais de 65 anos partilharam mais do dobro de notícias falsas do que a faixa etária de 45 a 65 anos e quase sete vezes mais artigos de notícias falsas do que o grupo etário mais jovem, entre os 18 e os 29 anos.
Os investigadores acreditam que este comportamento é o reflexo da menor alfabetização digital dessa população e da perda progressiva da capacidade cognitiva causada pelo envelhecimento, o que faz com que os idosos se tornem mais vulneráveis às fraudes online.