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Sabia que a poluição provoca diminuição do desejo sexual? A revelação é feita por estes investigadores

22 Junho 2022
Sandra M. Pinto

Sexólogos, médicos e terapeutas procuraram a origem da falta de desejo em causas psicológicas ou sociais. No entanto, muitos investigadores começam a suspeitar que a falta de vontade também pode estar relacionada com a poluição química em que vivemos imersos.

Os chamados disruptores endócrinos são substâncias químicas capazes de alterar o sistema hormonal (tanto em seres humanos quanto em animais), responsável por muitas funções vitais como o crescimento, o desenvolvimento e a resposta sexual, avança o El Pais.

De acordo Francisco Botella Romero, da Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição (SEEN), “neste grupo estão as substâncias persistentes, bioacumulativas e organohalogenadas (compostos orgânicos que contêm átomos de halogénio), incluindo alguns pesticidas (fungicidas, herbicidas e inseticidas), certas substâncias químicas industriais, produtos sintéticos e alguns metais pesados. O termo disruptor endócrino serve para definir qualquer composto químico (poluente do meio ambiental) que, uma vez incorporado num organismo vivo, afeta o equilíbrio hormonal. Embora qualquer sistema hormonal possa estar envolvido, a informação disponível sobre a disrupção hormonal causada pelos agonistas ou antagonistas das hormonas sexuais femininas, ou estrógenos, é muito superior. Estes últimos compostos são chamados de xenoestrógenos e acredita-se que possam ter um efeito negativo sobre os mecanismos de controle da secreção de testosterona e a produção de espermatozoides, embora os resultados sejam confusos e isso ainda não tenha sido plenamente demonstrado”.

Esse tipo de contaminação e os seus efeitos começaram a ser estudados há relativamente pouco tempo. Theo Colborn (1927-2014), farmacêutica e zoóloga norte-americana, foi a primeira a reparar neste tipo de substância e nos seus efeitos perniciosos. Em 1988, foi contratada pela ONG World Wildlife Fund (WWF) como cientista para um livro que a organização preparava sobre a fauna dos Grandes Lagos. Theo descobriu que 16 espécies que se alimentavam de peixes dos lagos tinham problemas de reprodução. Pareciam saudáveis, mas os seus descendentes eram frágeis, deformados ou não viviam muito. Inclusive não tinham descendência.

Atualmente existem mais de 500 substâncias químicas sintéticas que poderiam enquadrar-se nessa classificação e são habitualmente usadas na indústria, agricultura, produtos farmacêuticos, cosméticos ou produtos de limpeza doméstica. Algumas que se destacam são o Bisfenol A (presente em algumas resinas ou recipientes de alimentos), a dioxina clorada (usada no branqueamento da pasta de papel), o glifosato (um herbicida), os ftalatos (plastificantes), o perclorato (em combustíveis e fogos de artifício); além de mercúrio, chumbo, arsénio, substâncias químicas perfluoradas (muito utilizadas em embalagens e recipientes de alimentos e cosméticos). Os estrógenos dos anticoncepcionais e das terapias de reposição hormonal são incorporados ao meio ambiente através da urina das pessoas que os ingerem ou do descarte dos medicamentos que as contenham.

Conforme publicou a revista Internal Society of Sexual Medicine, existem vários estudos realizados em homens expostos a diferentes disruptores endócrinos, principalmente por razões de trabalho, nos quais as conclusões são bastante semelhantes: diminuição da libido, baixos níveis de testosterona e disfunções eréteis. O Journal of Sexual Medicine também publicou uma pesquisa de 2017 sobre os efeitos do formaldeído (usado na fabrico de plásticos) em camundongos machos. Verificou-se que esses animais tinham uma inibição da resposta sexual, baixos níveis de testosterona e o seu esperma era de pior qualidade. Existe também outro estudo sobre os efeitos do Bisfenol A (um dos disruptores mais utilizados) em seres humanos, publicado pela revista Reproductive Biology and Endocrinology.

De acordo com Francisca Molero, sexóloga, ginecologista, diretora do Institut Clinic de Barcelona, do Instituto Iberoamericano de Sexologia e presidente da Federação Espanhola de Sociedades de Sexologia, “já existe evidência de que os disruptores endócrinos afetam a libido masculina e a ereção, bem como a qualidade do sêmen. Em relação ao género feminino existem mais dúvidas e menos estudos, mas se a testosterona na mulher não é tão determinante para o desejo como no homem, ela o é para a liberação de neurotransmissores, substâncias que têm muito a ver com o bem-estar e a sensação de felicidade”.

Fora do campo da sexualidade, existem muitos autores que relacionam os disruptores endócrinos com a puberdade precoce em meninas, síndrome do ovário policístico, redução da fertilidade, tumores em órgãos hormonodependentes, alterações no desenvolvimento do sistema neurológico, diabetes, obesidade, síndrome da fadiga crónica, fibromialgia ou esclerose múltipla.

 

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