O Doutor Finanças destaca que podemos estar num momento ideal para revermos as condições do nosso crédito, uma vez que atualmente há bancos a oferecerem spreads no crédito habitação na ordem dos 0,85%.
“As taxas Euribor estão a aumentar, o que se reflete na prestação do nosso crédito. Por isso, é importante negociar e tentar melhorar as nossas condições. Se o banco nos oferecer uma pequena redução no spread, o impacto da subida da Euribor já não será tão acentuado”, realça Antero Cabral, Diretor Comercial do Doutor Finanças.
Há bancos a oferecer spreads de 0,85%, o que significa que há muitas famílias que têm margem para melhorarem as suas condições de financiamento. A renegociação do spread pode ter um impacto considerável, especialmente num período que está a ser marcado por um aumento das taxas Euribor. Num crédito de 100 mil euros, associado à Euribor a seis meses, em que faltem 25 anos para terminar o contrato, a prestação, tendo em consideração um spread de 1,2% é de 367,13 euros. A revisão das condições para um spread de 0,85% representa uma redução superior a 15 euros por mês. E isto apenas com a revisão do spread.
E ainda que os spreads mais baixos possam não estar acessíveis a todos, a verdade é que os bancos continuam a melhorar as condições de acesso ao crédito, pelo que o momento pode ser o ideal para se rever os contratos e conseguir um crédito habitação melhor.
É neste contexto que o Doutor Finanças recomenda que se revejam as condições de crédito em vigor. Procure no mercado se estão a ser praticadas condições melhores das que atualmente tem, melhorias que podem passar pelo spread, pelo tipo de taxa (fixa ou variável), bem como pelos produtos associados ao empréstimo, como os seguros.
Depois de compreender as alternativas disponíveis, fale também com o seu banco para perceber qual a melhor solução para o seu caso. “Os bancos estão cada vez mais competitivos na taxa variável. Há vários anos que não tínhamos de forma ‘padronizada’ spreads inferiores a 1%. Acredito que esta seja uma oportunidade para as famílias reverem o seu orçamento familiar e, consequentemente, as condições do seu crédito habitação”, adianta Antero Cabral.
Nesta fase em que se antecipa uma subida de juros, pode ser também importante avaliar a possibilidade de trocar a taxa variável por uma fixa. Algo que vai implicar um aumento do encargo atual, mas garante estabilidade ao longo do contrato.