Pelo 14.º ano consecutivo, a Porto Editora e a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim desafiaram as turmas do 4.º ano de escolaridade do 1.º Ciclo do Ensino Básico de todo o país a escrever e ilustrar um conto infantil em língua portuguesa.
Com o conto «O Baloiço», a turma do 4.º B da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, em Armamar, foi a grande vencedora do Prémio Literário Luis Sepúlveda. Todos os contos a concurso foram construídos em torno das principais ideias da obra do escritor chileno, nomeadamente a amizade, a solidariedade social, a liberdade, o respeito pelo outro e/ou a defesa do ambiente. O prémio será entregue no dia 18, às 17:30, na sessão de encerramento do festival literário.
A decorrer até 18 de fevereiro, o Correntes d’Escritas evocará em distintas ocasiões o autor falecido em abril de 2020, cujo acervo bibliográfico (cerca de 3700 livros) será doado à cidade que, segundo Luís Diamantino (vice-presidente), “receberá, de braços abertos, a memória de Luis Sepúlveda” num espaço que replicará ao detalhe o escritório do autor e que terá curaduria do seu amigo de longa data, Daniel Mordzinski. Entre a programação do festival, destaque para o lançamento de Mundo Sepúlveda – com textos inéditos e dispersos do autor chileno e fotografias de Daniel Mordzinski –, numa sessão com a participação de Carmen Yáñez, viúva do homenageado, José Manuel Fajardo e Manuel Alberto Valente. Na mesma ocasião será dado a conhecer O Caçador Descuidado: Poesia Reunida (1967-2016), o culminar de uma carreira desconhecida até agora: a de Sepúlveda enquanto poeta. Esta é uma edição bilingue, com seleção e edição de Alejandro Céspedes, tradução de João Duarte Rodrigues e prefácio de José Luís Peixoto. A 20 de fevereiro, numa extensão do festival a Lisboa, ambos os livros serão apresentados no Instituto Cervantes.
No capítulo dos lançamentos de autores internacionais, destaque também para Rosa Montero, que levantará o véu sobre o seu novo livro, O perigo de estar no meu perfeito juízo. Uma obra perspicaz, tocante e bem-humorada que prova a capacidade extraordinária da autora espanhola de misturar ficção, autobiografia e ensaio, e que a própria confessa ser o livro da sua vida.