As finanças pessoais, no vislumbre da reforma, são preocupações válidas, todavia, existem outras em que também deve pensar para assegurar que vive os próximos anos com qualidade. Esta é a ideia defendida pelo autor e consultor Eric Thurman, em conversa com o site Considerable, que defende «um movimento emergente de pessoas que estão determinadas a prosperar durante as décadas após a reforma».
No seu livro mais recente, em que Eric Thurman apresenta segredos simples para ser feliz pelo resto da vida, este diz que o dinheiro é apenas um dos fatores «a ser considerado na transição para um novo estágio da vida». Entre elas estão as seguintes 4 áreas, que as pessoas também devem dar atenção na altura de planear a sua vida na reforma.
- Alimentar a sua mente
Os dois fatores-chave, segundo Thurman, para manter uma mente saudável nessa nova fase da vida são a força cognitiva e a saúde mental. Para manter um cérebro forte à medida que envelhece e o papel das palavras cruzadas e dos jogos de cartas começa a ser insuficiente, há várias opções como «aprender uma língua estrangeira ou tocar um instrumento musical». Ou seja, «algo que o obrigue a desenvolver novas habilidades».
- Trate do seu corpo
Quando as pessoas deixam de cuidar do seu físico, à medida que envelhecem, Eric Thurman alerta que estão a potenciar que o seu corpo fique mais frágil, o que, por consequência, aumenta a probabilidade de surgirem doenças e lesões crónicas, que o incomodem o resto da vida.
Portanto, com o aumento da esperança média de vida, o consultor incentiva as pessoas a pensarem em si mesmas no futuro: «se tiver 90 anos, que tipo de pessoa de 90 anos quer ser? Quer ficar preso a uma cadeira, precisar de ajuda para se locomover ou quer poder fazer o que quiser?».
- Reforce as suas amizades
O autor de livros de autoajuda reconhece que «podemos ter centenas de seguidores no Instagram ou Facebook e não ter qualquer contacto humano pessoal necessário para o bem-estar». Esse exemplo é revelador de como a solidão é «um dos principais problemas de saúde no mundo» e como este pode estimular o aparecimento de sintomas relacionados à pressão alta, doenças cardíacas, obesidade, ansiedade, depressão, declínio cognitivo e doença de Alzheimer.
Como tal, promover novos relacionamentos, ou reforçar os que já tem, é a recomendação de Eric Thurman. Experimente «ingressar numa comunidade religiosa, inscrever-se em aulas em faculdades, museus, bibliotecas ou centros comunitários». E caso se tenha afastado de amigos ou não vê a família quantas vezes gostaria, «tente reavivar esses relacionamentos».
- Cuide da sua alma
Pode juntar este ao ponto anterior, na medida em que existem diversas comunidades religiosas. Contudo, para Eric Thurman, este é um ponto que «não se baseia em acreditar nas coisas certas, mas em envolver-se numa comunidade de fé».
O autor sustenta-se, ainda, em estudos que vincularam a frequência de serviços religiosos regulares a vidas mais longas, como por exemplo uma investigação, no site da Universidade de Harvard, relacionada com uma iniciativa sobre saúde, religião e espiritualidade. Esta diz que parte do aumento da vida útil advém de outros incentivos à longevidade, como o voluntariado e a adesão a organizações sociais».