Ao longo das nossas vidas vamos acumulando muitas coisas. Acumulamos histórias, experiências, amigos, etc. Mas acima de tudo parecemos acumular “coisas”, artigos ou objetos. Apesar de alguns destes itens poderem ter um significado importante para nós, a verdade é que a maioria das coisas que vamos inconscientemente guardando não têm qualquer relevância para as nossas vidas.
Numa altura mais avançada das nossas vidas, chega inevitavelmente um momento em que reavaliamos tudo aquilo que temos. Somos obrigados a tomar decisões: o que guardar para sempre, e o que deitar fora. O que esquecer, e o que lembrar para sempre. Em particular quando estamos a preparar uma nova casa para o nosso período de reforma ou a desfazer-nos da nossa casa de família.
Normalmente nestes momentos em que estamos a organizar e arrumar as nossas habitações – procurando reduzir o número de coisas que temos – pode ser especialmente difícil decidir o que fazer com certos artigos. Tudo aquilo que tenha uma forte carga sentimental ou uma qualquer memória associada pode ser extremamente complicado de avaliar corretamente.
De acordo com Felice Cohen (escritora e organizadora pessoal), o “entulho emocional” é a parte mais complicada de uma qualquer arrumação. É aquilo que temos mais dificuldade em abandonar. As cartas de amor, as fotografias do passado, os documentos de escola, etc.
Felizmente existem algumas estratégias que pode adotar para facilitar este processo. Conheça aqui as dicas dos especialistas.
1. Agrupe todas as recordações
Pode ser extremamente assustador lidar com a quantidade de artigos e recordações do nosso passado. Por vezes podem parecer intermináveis. O melhor é mesmo selecionar um espaço na sua casa onde irá colocar todos estes artigos e objetos relacionados com o seu passado. É um primeiro passo para garantir que tem conhecimento e controle sob estes itens
2. Comece pela parte mais fácil
Não tente definir o futuro de todas estas diferentes peças num só dia. Comece devagar e faça intervalos regulares. Defina por exemplo vários períodos de 30/45 minutos ao longo do dia nos quais se irá dedicar exclusivamente a esta tarefa.
De resto tente no início deitar fora quaisquer artigos que estejam já extremamente danificados. Após esta fase poderá dedicar-se às peças mais complicadas.
3. Crie diferentes categorias
É normal que as suas recordações possam ser de diferentes tipos. Fotografias, cartas antigas, desenhos, etc. Nestes casos o melhor é dividir os seus pertences em grupos distintos. A partir daqui será mais simples concentrar a sua atenção num grupo de cada vez.
4. Redirecione os seus artigos
Assim que encontrar um objeto que já não quer guardar, deverá considerar a opção de o vender. Existem alguns objetos antigos que podem ter um enorme valor, no entanto a sua maioria não deve render muito dinheiro.
Nestes casos deve considerar doar estes artigos a algumas associações de caridade. Ou então pensar em algum familiar ou amigo que possa gostar de receber essa peça em particular.
5. Crie parâmetros
Se vai mudar para uma casa consideravelmente mais pequena então deve ter um objetivo concreto de tentar reduzir, por exemplo, em 40-50% todas as caixas e tralhas que tem na sua casa atual. A percentagem deve variar de caso para caso, no entanto é importante que defina uma regra rígida neste sentido. Vai tornar mais fácil todo o seu processo de decisão.
6. Disfrute do processo
Procure que o seu contacto com alguns destes objetos do seu passado se torne numa experiência positiva. Esta deverá ser uma oportunidade de em alguns casos olhar para certas coisas por uma última vez, lembrar os sentimentos dessa altura e depois deixar que estes objetos abandonem a sua vida. Pode ser difícil, mas tente encontrar um conforto em saber que certas coisas já não têm espaço no seu quotidiano.
Por outro lado, aproveite para trazer de volta à sua vida alguns artigos que possa ter esquecido e que voltou a encontra neste processo. Algumas peças especiais que lhe tragam alegria e que tenha gosto em partilhar com os seus filhos ou familiares.