Existem truques psicológicos para a felicidade, atentos ao que mata a felicidade e até equações para a felicidade, segundo Scott Mautz no site Inc. Mas, a verdade apresentada por um estudo de 81 anos de duração, realizado em Harvard e conhecido como o estudo do desenvolvimento adulto, – um dos estudos longitudinais mais abrangentes da história humana -, centra-se em relacionamentos felizes e saudáveis.
Iniciado em 1938, o estudo de Harvard tem procurado responder a uma pergunta: O que nos mantém mais felizes ao longo da vida? Como disse o psiquiatra Robert Waldinger, quarto diretor do estudo, numa recente conversa TED, a conclusão principal do estudo é simples: «os bons relacionamentos mantêm-nos mais felizes e saudáveis».
O estudo também elabora a parte feliz e saudável. Primeiro, um benefício para a saúde resultante da capacidade de manter relacionamentos ao longo da vida é o de proteção do cérebro e de preservação da memória por mais tempo. Saber que tem pessoas com quem pode contar quando as coisas ficam difíceis mantém o cérebro saudável e menos cheio de ansiedade, mais nítido.
Logo, a socialização significa que pode viver uma vida mais longa e feliz, ao contrário da solidão. Pessoas mais isoladas experimentam declínios na saúde mais cedo (incluindo declínios cognitivos), são menos felizes e morrem mais cedo.
Waldinger ressalta, porém, que uma pessoa pode ficar sozinha na multidão ou no casamento, por isso a qualidade dos relacionamentos também é importante. Pois, se manter relacionamentos fosse fácil, todos o fariam. Em seguida, Scott Mautz explica algumas coisas comuns que atrapalham o processo de forjar e alimentar os relacionamentos e como as pode superar.
O trabalho e as amizades.
Os relacionamentos podem ser cansativos, mas precisam de ser uma prioridade. Dobrar o investimento que faz nos que o acompanham e que considera importantes para si pode ser importante no final. E quanto aos amigos que desaparecem por qualquer motivo, é fundamental que «continue a criar novas amizades». Waldinger diz mesmo que «os mais felizes na reforma são as pessoas que trabalharam ativamente para substituir colegas de trabalho por novos amigos».
A comunicação no amor.
O segredo de Scott Mautz nesta área está na comunicação e em não deixar nada por dizer. O autor diz que viu «amizades, casamentos e todos os tipos de relacionamentos apodrecerem por dentro, devido à falta de coragem em comunicar as coisas difíceis».
Esqueça os rancores.
Os ódios não fazem bem a ninguém, como tal, Mautz recorda que «a vida é muito curta». O autor dá o exemplo do seu pai que era perito em «iniciar brigas misteriosas com familiares e guardar rancores e a minha mãe ainda melhor em limpar tudo atrás dele, para manter a paz».
Um especialista em conflitos familiares diz que a chave para resolver brigas familiares é primeiro reconhecer o impacto da briga no resto da família e, em seguida, escolher uma opção para perdoar. Depois, é importante que «esclareça sobre o que realmente é a discordância (peneirar as emoções), procure entender o ponto de vista dos outros e perdoar».
Deixar o trabalho à porta de casa.
A mistura entre a vida profissional e a pessoal pode acabar com o equilíbrio (necessário). Contudo, integrar o trabalho na sua vida não significa que ele se torna a sua vida.
Fortalecer os relacionamentos diante das crescentes demandas de trabalho envolve uma redefinição do que realmente é o sucesso para si. Se o sucesso começar e terminar com a criação de relacionamentos, tudo o resto que pode parecer trivial vai surgir no seu caminho, de forma natural.