A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai promover uma ação de consciencialização para a Esteatose Hepática Não-Alcoólica, mais conhecida como Fígado Gordo. Sob o mote “Um passo à frente da NASH”, a iniciativa surge no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Esteatose Hepática Não-Alcoólica (NASH), que se assinala a 8 de junho, e tem como objetivo alertar a população para a importância de prevenir, detetar e tratar precocemente esta doença, que quando diagnosticada pode encontrar-se já em fases avançadas.
A Esteatose Hepática Não-Alcoólica, também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa que afeta mais de 115 milhões de pessoas em todo o mundo. “Em Portugal, afeta mais de 1 milhão de portugueses. Esta é uma doença que não escolhe géneros nem idades, podendo afetar quer crianças quer idosos. Pode não causar lesão no fígado, mas, nalguns casos, pode causar inflamação deste órgão, e evoluir para cirrose hepática ou cancro do fígado. Estas situações, quando não são prevenidas ou tratadas, lesam gravemente a nossa saúde e até podem levar à morte. É, assim, primordial que as pessoas saibam que esta é uma doença prevenível e evitável”, afirma Arsénio Santos, presidente da APEF.
E acrescenta: “A quantidade de gordura no fígado pode ser reduzida através de alterações no estilo de vida. Por esta razão, recomenda-se que as pessoas mantenham uma alimentação mais equilibrada e saudável, favorecendo alimentos ricos em fibras e evitando alimentos compostos por gorduras saturadas; e que pratiquem cerca de 60 minutos de atividade física por dia. Não precisa ser tudo ao mesmo tempo. Andem mais, subam escadas e façam exercício, sempre que for possível”.
A Esteatose Hepática Não-Alcoólica (NASH), também conhecida como Fígado Gordo, é uma doença silenciosa, causada pelo excesso de gordura acumulada no fígado, que leva a inflamação e fibrose (cicatrização) deste órgão. Num estado mais avançado, pode provocar Cirrose Hepática ou mesmo Cancro do Fígado. De acordo com o Global Liver Institute, estima-se que 357 milhões de pessoas sejam afetadas até 2030, em todo o mundo.