O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, partilha um conjunto de estratégias e dicas para organizar as finanças pessoais até ao final do ano e, assim, entrar em 2024 com a carteira arrumada.
“2023 foi um ano muito desafiante para a maioria das famílias portuguesas, que foram confrontadas com aumentos generalizados dos preços e fortes subidas das taxas de juro, que impactaram o custo do crédito. Neste contexto, é fundamental que refaçamos o orçamento familiar e procuremos novas formas de ganhar folgas financeiras”, afirma Sérgio Cardoso, administrador com o pelouro da Academia Doutor Finanças. “O ano está a terminar, mas ainda vamos a tempo de dar passos decisivos no sentido de equilibrar as nossas finanças. Na maioria das vezes, são decisões muito simples, mas que podem fazer toda a diferença”.
Nesse sentido, o Doutor Finanças partilha diversas dicas que vão ajudar a organizar as finanças até ao final do ano. Em primeiro lugar, o especialista destaca a importância de fazer – ou refazer – o orçamento familiar, tendo já em vista o ano novo que se aproxima. Para isso, é preciso anotar todos os ganhos e encargos, de forma a identificar mais facilmente as despesas que devem ser revistas e até os gastos que se pode eliminar.
Tendo em conta que a prestação da casa é a maior “fatura” mensal de grande parte das famílias, este deve ser foco de especial atenção. Neste ponto, importa considerar que o Governo implementou uma série de soluções para aliviar o peso deste encargo, como é o caso da bonificação dos juros ou a moratória do crédito.
À parte destas medidas transitórias, há sempre a possibilidade de tentar renegociar as condições junto do banco onde se tem o crédito ou verificar se existem outras entidades que oferecem melhores condições. A redução do spread ou a eliminação de produtos associados, por exemplo, podem gerar uma poupança significativa ao final do mês. Fundamentar é fazer contas e analisar qual a solução mais vantajosa para o nosso caso.
Por outro lado, se temos vários créditos contratados, como por exemplo, um crédito automóvel, um crédito para a compra de algum eletrodoméstico e ainda cartões de crédito, temos a possibilidade de consolidar os créditos, uma solução financeira que permite juntar vários empréstimos num só com melhores condições e uma única prestação mensal, mais baixa.
Da mesma forma, se temos uma situação financeira estável e algum dinheiro colocado de lado, uma das soluções para organizar as finanças antes do fim do ano é utilizar uma parte da poupança para amortizar os créditos. A amortização do crédito consiste em pagar a totalidade ou parte da dívida, reduzindo, de forma imediata e em termos totais, os encargos com o empréstimo.
Outra estratégia fundamental é rever contratos de serviços como eletricidade, gás e telecomunicações. Aqui, é importante analisar exatamente o que estamos a pagar, pesquisar ofertas alternativas e até mudar de empresas fornecedoras, sempre que identifiquemos soluções mais vantajosas. O mesmo se aplica à carteira de seguros. Seja o seguro de saúde, da casa ou do carro, vale a pena rever as coberturas contratadas, analisar as condições de cada apólice e ver se há ofertas concorrentes a um melhor preço.
O Doutor Finanças alerta também para a importância de tentarmos otimizar o nosso reembolso de IRS. Se queremos colocar dinheiro num PPR, por exemplo, e temos margem para aproveitar os benefícios fiscais, ainda vamos a tempo de investir este ano e, assim, aumentar o montante a receber em 2024.
E seja num PPR, ou noutro produto, o especialista aponta para a necessidade de aplicarmos as poupanças de forma a obtermos um retorno que mitigue, pelo menos, o impacto da inflação. Para isso, é preciso conhecer o nosso perfil enquanto investidores, traçar uma estratégia de poupança e investimento e escolher as soluções mais adequadas às nossas características e objetivos.