Os vinhos Inclusus, que nascem do contributo de jovens reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria (EPL), estão de volta com novas colheitas (Tinto e Branco), já disponíveis no mercado. A parceria entre o EPL e o produtor AdegaMãe (Região de Vinhos de Lisboa) resulta num projeto valorização de competências profissionais, na área da viticultura e da produção de vinho. A iniciativa nasceu em 2018, renova-se a cada ano e os vinhos da colheita de 2022 podem agora ser encontrados na loja da quinta localizada no Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens.
Ao mesmo tempo, em preparação estão já os vinhos da vindima de 2023 que, mais uma vez, desde a viticultura até ao trabalho final de adega, contaram com o contributo e empenho dos jovens reclusos. Estes vinhos têm origem em vinhas da Quinta Lagar D’El Rei, em Leiria, uma área sob administração do EPL, onde se encontram 6 hectares de vinha em produção. Após a colheita, a vinificação é feita na AdegaMãe, em Torres Vedras – onde os jovens participaram igualmente em diversas ações de formação.
Joana Patuleia, diretora do Estabelecimento Prisional de Leiria – Jovens, destaca a “importância dos mecanismos de formação e valorização profissional, enquanto ferramentas que contribuem para o sucesso da reinserção social dos jovens”. “A parceria com a AdegaMãe é muito importante para o Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens). Estamos a dotar os jovens de novas competências e, ao mesmo tempo, a criar uma marca, Inclusus, que honra o empenho que colocam no projeto”, afirma Joana Patuleia. Por seu turno, Bernardo Alves, diretor-geral da AdegaMãe dá conta do orgulho pela participação no projeto. “É para nós uma enorme satisfação estarmos associados ao EPL e contribuir para o trabalho de reinserção social que tem vindo a ser desenvolvido. Parabéns ao EPL e, em particular, aos jovens que têm estado connosco. Desejamos-lhes o melhor”, afirma Bernardo Alves, diretor geral da AdegaMãe.