As visitas às lojas da especialidade, sejam físicas ou online, podem tornar-se um verdadeiro pesadelo se não estivermos devidamente preparados, refere o site endesa.pt . Afinal, a variedade de marcas e de modelos é tanta vasta que facilmente nos podemos sentir assoberbados.
Mas que critérios devemos ter em conta na hora de escolher um equipamento em detrimento de outro? Que características devemos analisar antes de tomar uma decisão?
São muitas as variáveis que distinguem os eletrodomésticos presentes no mercado. Comecemos então por destacar uma a que deve dar grande importância: a eficiência energética. Mas porquê? Porque a eficiência energética tem implicações na fatura no final do mês e, numa escala maior, no próprio meio-ambiente. E como podemos fazer esta avaliação?
A resposta passa pela Etiqueta Energética, uma ferramenta que lista todas as características do equipamento, permitindo a comparação com eletrodomésticos semelhantes. Desta forma, o consumidor consegue avaliar o desempenho e a eficiência energética do equipamento e tomar uma decisão informada e consciente.
Esta ferramenta foi criada, regulamentada e implementada em 1995 pela União Europeia. Atualmente, a utilização da Etiqueta Energética é obrigatória em todos os países-membros.
Compreendida a importância deste fator, avancemos para as cinco perguntas que deve colocar antes de tomar qualquer decisão.
1. Qual é a utilidade?
Esta pergunta pode parecer estranha numa primeira análise. Mas, antes de tomarmos uma decisão temos de compreender o nosso estilo de vida e hábitos de consumo de forma a escolher o equipamento com a capacidade e funcionalidades adequadas às nossas necessidades.
Por exemplo, a maior parte dos consumidores utiliza o frigorífico para conservar os alimentos a baixas temperaturas. Mas é esta utilização pretendida? Vai ser o frigorífico principal ou vai funcionar como um frigorífico extra para guardar apenas bebidas?
A resposta a esta pergunta vai permitir afinar a pesquisa e excluir uma série de modelos na procura pelo equipamento indicado.
O ideal é fazer uma lista com todas as necessidades. Se vai comprar um micro-ondas, mas já tem um forno, muito provavelmente não precisa de um micro-ondas com a função grill. Se precisa de uma máquina de lavar roupa e pretende colocá-la numa divisão afastada das áreas de descanso e lazer, talvez o fator ruído não seja relevante. Mas se tiver problemas de espaço, então uma máquina de lavar e secar pode ser a opção mais conveniente.
Esta pergunta também é relevante quando ponderamos a capacidade do modelo escolhido. Por exemplo, a carga máxima de uma máquina de lavar roupa ou a potência de um forno vão influenciar significativamente o preço. Quanto mais elevado, mais caro. Por isso mesmo, recomendamos a escolha de um equipamento com a capacidade adequada às suas suas necessidades.
Outros aspetos como a inteligência dos dispositivos, o design ou a ergonomia ganham ou perdem importância tendo em conta a resposta à pergunta anterior.
2. Quando pode gastar?
O preço é um dos fatores a que mais prestamos atenção na hora de escolher. Compreendemos que o preço é muito relevante, mas não deve ser o fator decisivo. Por um motivo muito simples: por muito barato que seja, se não corresponder às suas necessidades será sempre caro.
Recomendamos definir um intervalo de preços dentro do seu orçamento, pois vai ser capaz de comparar modelos e marcas diferentes na mesma faixa de preços. Além disso, tenha também em conta gastos adicionais como o transporte ou a instalação.
E não se esqueça que os gastos não terminam com a compra do equipamento. Afinal, os eletrodomésticos consomem energia e, dependendo do modelo escolhido, vão consumir mais ou menos eletricidade ou gás, e pesar mais ou menos na sua fatura mensal.
3. Qual é a garantia?
Como mencionado anteriormente, o custo do eletrodoméstico não se restringe ao valor pago em loja, ao preço do transporte e instalação ou até ao preço da energia consumida nas faturas. Existe um terceiro fator ter em conta: as avarias.
É aqui que a garantia do equipamento entra em jogo. Qual é o prazo legal? Na União Europeia o prazo legal são dois anos, contudo, os fabricantes podem prolongar as garantias para além desse prazo se assim o entenderem.
Se durante a sua prospeção de mercado chegar à conclusão que as condições dos vários modelos são iguais, recomendamos optar pelo equipamento com a maior garantia.
Mas não tenha em conta apenas a duração da mesma. Tenha em atenção o que é que a garantia inclui e exclui e se, em caso de avaria, é mais fácil encontrar peças de substituição ou comprar um equipamento novo.
4. Qual é a opinião dos consumidores?
O objetivo não é confiar cegamente nas opiniões dos outros, mas é importante ter em conta as avaliações de outros consumidores que tenham adquirido o mesmo modelo que está a pensar em comprar.
E é na avaliação do modelo específico que se deve focar, não necessariamente na avaliação de outros modelos ou da própria marca.
Hoje em dia existem vários websites focados na avaliação de equipamentos, que permitem a comparação de vários modelos e disponibilizam vários filtros de pesquisa que ajudam muito na hora da pesquisa.
Pode encontrá-los rapidamente através de uma pesquisa no Google.
5. Quais as implicações para o meio ambiente?
As suas necessidades são importantes, mas não se esqueça das necessidades de algo muito maior que o ser humano. Sim, estamos a falar do Planeta Terra.
Procurar eletrodomésticos sustentáveis, que reduzam a sua pegada de carbono e cujos materiais possam ser facilmente reciclados quando deixarem de funcionar, é uma responsabilidade partilhada por todos. E não deixe para amanhã: analise o consumo, a eficiência energética, o nível de ruído, a pegada de carbono, entre outros fatores, antes de tomar uma decisão.
Informe-se também sobre o que terá de fazer quando se quiser desfazer o eletrodoméstico (se é reciclável na sua totalidade ou partes, se é preciso limpá-lo, onde deve deixá-lo, entre outras informações).