O carro é um espaço que consegue dividir as pessoas em dois grupos: há aqueles que ficam ‘tontos’, têm medo ou preferem evitá-lo ao máximo mas também há aqueles que encontram o seu momento de relaxamento e reflexão, somente com o horizonte pela frente. E quem entra neste últimos, já não sai de lá…
A música e a paisagem obrigam-nos a desligar-nos de tudo. Pensar em tudo o que fizemos, mas principalmente em tudo o que não fizemos. O que não dissemos, o que não sentimos, momentos em que não ousámos ou duvidámos e aqueles em que dissemos não – por norma, arrependemo-nos mais das coisas que não fazemos do que aquelas que fazemos sem pensar.
Esta reflexão é tão comum que os especialistas em bem-estar desenvolveram uma teoria que o explica perfeitamente – tal como o retrovisor é essencial na hora de conduzir, uma vez que ajuda a prevenir acidentes e mantém-no atento a tudo o que acontece ao redor da mesma forma, garantiu a célebre marca de roupa feminina ‘Woman’secret’.
As reflexões são obrigatórias. Todos refletimos ao longo do dia, mas há quem fique preso neles e não consiga continuar. De acordo com um estudo, uma pessoa média tem entre 50 e 60 mil pensamentos por dia: o problema é que 95% desses pensamentos são iguais aos que pensávamos no dia anterior e no dia anterior a esse.
É possível que nesse momento existam centenas de diagnósticos que definam situações semelhantes, em que nos apegamos ao passado e não vemos o futuro com clareza; Porém, a síndrome do espelho retrovisor combina todos esses reflexos, sendo um dos locais onde mais ocorrem.
O que é a síndrome do espelho retrovisor
A síndrome do espelho retrovisor (RMS) diz respeito a um fenómeno subconsciente refere-se a um fenômeno subconsciente no qual revivemos e recriamos constantemente o nosso passado. Acreditamos erroneamente que quem éramos é quem somos, limitando assim o nosso verdadeiro potencial no presente e impedindo-nos de virar a página.
Através do retrovisor do carro, revivemos e recriamos continuamente tudo o que não fizemos ou pensamos em todas as pessoas que não estão mais nas nossas vidas. Carregamos o stress, o medo e a preocupação como uma bagagem velha e gasta. Ao mesmo tempo, quando nos são apresentadas novas oportunidades, recorremos rapidamente ao espelho retrovisor para avaliar as nossas capacidades anteriores.
Quando presos nos nossos pensamentos passados, em vez de criar um novo futuro, tropeçamos repetidamente nas mesmas pedras, por isso nunca paramos de pensar na mesma coisa. E o problema disso é que estamos a limitar-nos e a condenar-nos numa vida específica, mesmo sem perceber.
A síndrome do espelho retrovisor não é um diagnóstico médico real, mas sim uma expressão utilizada por especialistas para dizer quando uma pessoa está presa num momento, pessoa ou sentimento. A verdade é que é inevitável pensar no passado, até porque há circunstâncias que nos obrigam a fazê-lo; Contudo, não podemos viver agarrados a isso.
Como podemos começar a superar a síndrome do espelho retrovisor?
Quando estamos neste ponto, acreditamos que é muito difícil superá-lo e que sempre teremos pensamentos intrusivos sobre o passado. A verdade é que o primeiro passo para superá-la é recorrer a especialistas, que serão aqueles que saberão diagnosticar a situação e nos dar uma resposta definitiva. No entanto, se quisermos simplesmente tentar recuperar o controlo das nossas vidas por conta própria, estas são algumas das recomendações.
Se quisermos ir além do nosso passado e eliminar as nossas limitações, devemos começar a imaginar uma vida de possibilidades ilimitadas. Devemos começar a aceitar que o nosso passado não é o nosso futuro e que não somos condicionados.
Devemos reforçar a nossa autoestima, falar connosco próprios de uma forma que inspire confiança e fazer-nos acreditar que somos capazes e comprometidos.