Estas condições, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, estão agora a ser identificadas e compreendidas com maior rigor.
Mas antes de mais, é essencial compreender as principais diferenças entre três condições frequentemente confundidas: alergia alimentar, intolerância alimentar e sensibilidade alimentar. A PronoKal explica:
- Intolerância alimentar: Em geral, as intolerâncias alimentares ocorrem quando o nosso organismo não consegue digerir corretamente um determinado alimento ou este alimento causa uma irritação no sistema digestivo. Embora os sintomas possam ser confundidos com os de uma alergia alimentar (inchaço, tonturas, erupções cutâneas), o seu início não é tão imediato quando ocorre o contacto com o alimento na boca, estes sintomas aparecem nas horas seguintes à digestão e caracterizam-se por serem acompanhados de flatulência, azia, cólicas abdominais, etc.
- Alergia alimentar: No caso das alergias alimentares, há uma resposta exagerada e imediata do sistema imunitário ao contacto com o alergénio (geralmente proteínas ou um químico como o níquel) presente no alimento consumido. Os sintomas são óbvios (urticária, inchaço, vermelhidão, sensação de formigueiro, comichão na língua e na boca, etc.) e ocorrem instantaneamente. Em casos mais graves, as alergias alimentares podem desencadear uma condição muito grave e potencialmente fatal chamada choque anafilático, pelo que é essencial levar consigo a medicação apropriada quando sofre deste tipo de alergia.
- Sensibilidade alimentar: Surgiu recentemente um novo conceito relacionado com as alergias e intolerâncias: a sensibilidade alimentar. Esta tem em comum com a alergia o facto de ser desencadeada por uma reação inadequada do sistema imunitário à ingestão de determinados alimentos. No entanto, ao contrário das alergias, os sintomas podem ser mais subtis e passar despercebidos, com manifestações clínicas que podem demorar dias ou até semanas a surgir, sendo necessário, em muitos casos, uma análise e diagnóstico completo por um especialista.
Mas quais são as alergias, intolerâncias ou sensibilidades alimentares mais comuns? Emboraqualquer ingrediente presente na nossa alimentação possa desencadear uma reação adversa, algumas alergias e intolerâncias são mais prevalentes. As mais comuns são:
- Intolerância à lactose, glúten, frutose e/ou sacarose.
- Alergia aos ovos, peixe, leite, frutos secos, marisco, soja ou certos frutos.
- Sensibilidade ao glúten não celíaca
- Em geral, as alergias alimentares mais comuns nas crianças são aos ovos e ao leite, e nos adultos à fruta, aos amendoins e aos frutos secos.
Existem métodos que pretendem diagnosticar uma alergia ou intolerância alimentar que não são aprovados pela comunidade científica, o que pode causar falsos diagnósticos e aumentar a confusão do doente. Por isso, é importante procurar o aconselhamento de um alergologista para um diagnóstico correto.
Qualquer que seja o diagnóstico ou a origem, nas três situações acima descritas, o tratamento nutricional é o mesmo: a exclusão do alimento ou dos alimentos que contêm o alergénio da dieta habitual.
Para tal, é de vital importância que, assim que soubermos que temos uma alergia, intolerância ou sensibilidade alimentar, contactemos o mais rapidamente possível um dietista-nutricionista especializado para nos ajudar a estabelecer um plano alimentar personalizado e equilibrado que nos permita assegurar todos os nutrientes de uma forma segura e agradável.
A informação é uma ferramenta crucial na gestão de alergias e intolerâncias alimentares. Aprender a interpretar corretamente os rótulos dos alimentos é fundamental para fazer escolhas alimentares seguras. Além disso, várias aplicações e menus detalhados em restaurantes ajudam os consumidores a evitar alergénios e a desfrutar de refeições fora de casa com tranquilidade e segurança.