Este ano, o tema central da campanha nacional de consciencialização, definido com as Sociedades Internacionais de Gastrenterologia, é a relação entre a obesidade e as doenças do aparelho digestivo, que afetam cerca de um terço da população portuguesa.
A iniciativa visa alertar para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento destas doenças, destacando o papel da obesidade como um fator de risco relevante e ainda subestimado.
“O excesso de peso e a obesidade estão associados a várias doenças crónicas muito prevalentes nas sociedades modernas, como a hipertensão arterial, a diabetes mellitus e as doenças cardio e cerebrovasculares, entre outras. Contudo, a obesidade também pode estar na origem de várias doenças do aparelho digestivo, como o refluxo gastroesofágico, o fígado gordo e alguns tipos de cancro, incluindo os do esófago, cólon, reto e pâncreas”, alerta Marília Cravo, vice-presidente da SPG.
A SPG sublinha ainda que, atualmente, a principal causa de cirrose hepática não é o álcool, mas sim o fígado gordo, uma doença silenciosa que pode evoluir para carcinoma hepatocelular e que está associada a hábitos de vida pouco saudáveis.
“Devemos encarar a obesidade como uma doença crónica, grave e difícil de tratar, mas que está na origem de muitas outras doenças que podem ser prevenidas. É urgente agir: reforçar a prevenção, acelerar o diagnóstico e garantir o acesso a tratamentos adequados”, reforça a vice-presidente.
A campanha do Mês da Saúde Digestiva inclui a divulgação de conteúdos informativos sobre a relação entre a obesidade e a saúde digestiva.
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