A União Europeia está a intensificar os esforços para restringir, ou mesmo banir por completo, os chamados PFAS – substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas – conhecidas como “químicos eternos”. Estas substâncias são amplamente utilizadas no nosso dia a dia, mas levantam cada vez mais preocupações devido aos seus potenciais efeitos nocivos na saúde humana e no meio ambiente.
Os PFAS estão presentes em inúmeros produtos de uso comum, desde utensílios de cozinha antiaderentes a embalagens alimentares, tecidos impermeáveis ou espumas contra incêndios. O problema reside no facto de serem altamente persistentes, acumulando-se tanto no corpo humano como na natureza, onde podem permanecer durante décadas sem se degradarem.
Segundo a cadeia internacional France 24, França foi um dos primeiros países a tomar uma posição firme. A partir de 1 de janeiro de 2026, será proibida a importação, venda ou fabrico de determinados produtos que contenham PFAS no território francês.
Contudo, esta não foi a primeira iniciativa a nível europeu. A Dinamarca já tinha avançado em 2020 com restrições ao uso destas substâncias, nomeadamente em embalagens de papel e cartão usadas na indústria alimentar. Países como a Noruega, Alemanha, Suécia e os Países Baixos também se juntaram à causa, promovendo propostas conjuntas para a limitação do uso dos PFAS em território europeu.
O tema continua em debate nas instâncias europeias, mas o impulso político e científico é claro: proteger a saúde pública e o ambiente dos riscos associados a estas substâncias.
De acordo com a Agência Europeia do Ambiente, a exposição prolongada aos PFAS pode estar associada a uma série de problemas de saúde, entre os quais se incluem disfunções da tiroide, infertilidade, obesidade, cancro e danos no fígado.
A discussão sobre os “químicos eternos” representa mais um passo para tornar o futuro europeu mais saudável, sustentável e livre de substâncias tóxicas.