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Medicamento comum pode aumentar o risco de demência, avisam médicos

10 Julho 2025
Forever Young

Com o envelhecimento da população, a doença de Alzheimer e outras formas de demência tornam-se cada vez mais comuns. Atualmente, estima-se que 6,9 milhões de idosos nos EUA vivam com demência, número que poderá duplicar até 2050. Além dos fatores genéticos, idade e estilo de vida, os estudos recentes sugerem que certos medicamentos podem influenciar…

Alguns investigadores têm alertado para o uso prolongado dos inibidores da bomba de protões (IBPs), fármacos populares para o tratamento de azia, refluxo gastroesofágico e úlceras estomacais. Entre os medicamentos mais comuns deste grupo estão o omeprazol, esomeprazol e lansoprazol.

Um estudo dinamarquês publicado na revista Alzheimer’s & Dementia analisou dados de quase dois milhões de pessoas entre 60 e 75 anos, acompanhadas durante uma média de 10 anos. Os resultados mostraram que, entre os pacientes diagnosticados com demência entre os 60 e os 69 anos, aqueles que usaram IBPs tinham um risco 36% superior de desenvolver demência em comparação com os que não os utilizaram. Este risco foi menor em idades mais avançadas e não se verificou aumento significativo em pacientes com mais de 90 anos.

Os investigadores sublinham que este aumento do risco ocorreu independentemente do tempo entre o início do tratamento com IBPs e o diagnóstico de demência — mesmo tratamentos iniciados 15 anos antes do diagnóstico apresentaram associação com maior risco. Estes resultados sugerem que o uso prolongado destes medicamentos pode afetar a saúde cerebral a longo prazo, possivelmente por influência na função cerebral e no acúmulo da proteína beta-amiloide, ligada à doença de Alzheimer.

Outro estudo recente, publicado em 2023 na revista Neurology, corrobora estes dados, apontando que o uso acumulado de IBPs por mais de 4,4 anos eleva o risco de demência em cerca de 33%.

Para além da associação com demência, um estudo de 2019 publicado em Scientific Reports indica que os IBPs podem atravessar a barreira hematoencefálica, estando ligados a sintomas neurológicos como perda de memória, enxaquecas, neuropatias periféricas e alterações visuais e auditivas.

Especialistas da Yale Medicine alertam ainda para outros efeitos adversos do uso prolongado de IBPs, incluindo doenças cardiovasculares, insuficiência renal crónica, fraturas ósseas e deficiências nutricionais.

Apesar de serem considerados seguros e eficazes, o uso excessivo e prolongado de IBPs é motivo de preocupação entre os especialistas, que pedem cautela e reavaliação médica regular para evitar prescrições inadequadas.

Se estiver a tomar IBPs, consulte o seu médico para discutir os potenciais riscos e alternativas terapêuticas.