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Vai à praia este verão? Há regras que poucos conhecem (multas podem chegar aos 4.000€)

11 Julho 2025
Forever Young

Parece tudo normal, mas há comportamentos nas praias portuguesas que podem sair-lhe caro este verão: saiba o que muda.

Não há pressa nas margens deste rio. À medida que o interior algarvio volta a conquistar visitantes com propostas menos óbvias, há uma vila ribeirinha onde o turismo faz-se devagar, entre silêncios, paisagens preservadas e memórias de um passado transfronteiriço. O cenário é discreto, mas a história que ali se conta atravessa gerações e, em tempos, também atravessava fronteiras sem passar pelas autoridades.

Falamos da vila de Alcoutim. Situa-se no nordeste algarvio, no distrito de Faro, e conta com pouco mais de mil habitantes. Junto ao rio Guadiana, que aqui funciona como fronteira natural entre Portugal e Espanha, o lugar tornou-se destino de escapadinha para quem procura percursos tranquilos, arquitetura preservada e uma ligação discreta à história das trocas fronteiriças.

De acordo com o El Cronista, Alcoutim apresenta um cenário de casas brancas com molduras em tons de azul ou amarelo, ruas estreitas e edifícios que conservam traços medievais. No topo ergue-se o castelo, de onde é possível observar a margem espanhola e o curso do Guadiana.

Escreve o jornal que a praia fluvial do Pego Fundo, localizada a cerca de dez minutos a pé do centro da vila, é um dos pontos preferidos dos visitantes. A água límpida e a envolvência natural fazem desta um refúgio nos dias quentes de verão.

O espaço atrai tanto turistas como habitantes locais, funcionando como alternativa às praias costeiras e promovendo o contacto com a natureza.

Sabores com influência do rio

A gastronomia da vila reflete a proximidade ao Guadiana. Os restaurantes locais servem sobretudo peixe de rio, como lampreia e enguia, mas também pratos de carne, como borrego, javali e porco.

Sabe-se também que nesta pequena vila do Algarve afastada do mar também não existem os famosos resorts que pode encontrar nas zonas mais turísticas.

O Miradouro de Santo António é um dos pontos altos do passeio. De acordo com a publicação, oferece uma vista ampla sobre o rio e a paisagem envolvente, sendo procurado para fotografia e momentos de observação.

A poucos quilómetros encontra-se Guerreiros do Rio, povoação conhecida pelo seu casario branco e ruas estreitas. Segundo a mesma fonte, o local mantém viva a arquitetura tradicional, sendo ideal para passeios a pé.

Contrabando em modo festa

Em agosto, a vila transforma-se com o Festival do Contrabando. Explica o El Cronista que o evento recria o passado fronteiriço de Alcoutim, altura em que o contrabando entre Portugal e Espanha era prática comum na região.

O festival inclui encenações, animação cultural e até uma ponte pedonal flutuante sobre o Guadiana, permitindo a travessia temporária entre os dois países.

Durante o festival, o Guadiana deixa de ser fronteira apenas física. A instalação da ponte efémera permite aos visitantes viver a travessia como experiência simbólica, num contexto de reinterpretação histórica.

Para quem parte de Espanha, a viagem até Alcoutim pode ser feita por estrada. De acordo com o El Cronista, a rota mais habitual passa por cruzar a fronteira em Ayamonte, na província de Huelva, seguindo pela A-499 e depois pela N-122 até à vila portuguesa.

Acrescenta a publicação que é importante confirmar previamente as normas de circulação entre os dois países, especialmente no que diz respeito a documentação, seguros e limites de velocidade.

Na serenidade do Guadiana, Alcoutim afirma-se como um local onde a fronteira deixou de ser obstáculo e passou a ser ponte, tanto física como simbólica. As ruas tranquilas, os sabores da terra e os vestígios de um passado de trocas clandestinas desenham um retrato de permanência e mudança.

O festival anual é apenas uma das formas de lembrar a história da vila, mas o percurso entre os pontos altos da paisagem mostra que o tempo aqui se mede noutra escala. E que atravessar o rio pode ser tão simples quanto recordar.