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Será que os rastreios ao cancro do cólon devem começar aos 40 anos? Veja o que dizem os especialistas

14 Julho 2025
Forever Young

Análise do CDC revela aumento de 71% nos casos entre os 30 e os 34 anos. Tendência em populações mais jovens está a alarmar os médicos.

O cancro colorrectal, historicamente mais prevalente entre a população idosa, está a tornar-se uma ameaça crescente para adultos jovens. A evolução dos hábitos alimentares, o sedentarismo e a exposição precoce a antibióticos estão entre os fatores mais apontados pelos investigadores para justificar este aumento de casos.

De acordo com a Sociedade Americana do Cancro, este é o terceiro tipo de cancro mais comum em homens e mulheres e estima-se que um em cada 24 homens e uma em cada 26 mulheres venha a desenvolver a doença ao longo da vida. No entanto, os números mais recentes demonstram uma mudança de paradigma que tem motivado apelos urgentes à revisão das recomendações de rastreio.

Casos disparam em adultos com menos de 45 anos

Uma análise de 2024 dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA revelou aumentos alarmantes nas taxas de incidência em faixas etárias tradicionalmente consideradas de baixo risco.

  • +185% entre os 20 e os 24 anos

  • +68% entre os 25 e os 29

  • +71% entre os 30 e os 34

  • +58% entre os 35 e os 39

  • +45% entre os 40 e os 44

Estes dados foram reforçados pela Colorectal Cancer Alliance, que classifica o cancro colorrectal como “o cancro mais mortal entre os homens jovens e o segundo mais mortal entre as mulheres jovens”.

As causas ainda estão a ser investigadas, mas há cada vez mais consenso entre os especialistas sobre o impacto negativo da chamada “dieta ocidental”, rica em gorduras e pobre em fibras. Segundo a Best Life, este tipo de alimentação altera negativamente o bioma intestinal e pode deixar as células mais vulneráveis ao desenvolvimento de tumores malignos no cólon e reto.

Outros fatores apontados incluem o sedentarismo, a exposição excessiva a antibióticos em idades precoces e alterações no estilo de vida.

Face a esta realidade, a recomendação oficial da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, que em 2021 reduziu a idade mínima dos rastreios de 50 para 45 anos, poderá já estar desatualizada. Um novo estudo publicado na revista JAMA Oncology defende a realização dos primeiros exames a partir dos 40 anos.

O estudo avaliou mais de 263 mil adultos entre os 40 e os 49 anos, utilizando o teste imunoquímico fecal (FIT). A comparação entre os que começaram o rastreio aos 40 e os que o iniciaram mais tarde revelou uma redução de 21% nos casos de cancro e uma diminuição de 39% na mortalidade associada à doença

“Estas conclusões apoiam uma revisão urgente das recomendações internacionais de rastreio, sobretudo em pessoas com fatores de risco adicionais, como histórico familiar”, sublinham os autores.

Entre os sintomas mais comuns do cancro colorrectal estão sangramento retal, dor abdominal persistente e alterações nos hábitos intestinais. Os especialistas reforçam que, mesmo na ausência de sintomas, o rastreio precoce pode salvar vidas.

Coral Olazagasti, oncologista do Sylvester Comprehensive Cancer Center (EUA), destacou em declarações ao New York Post que “já não é possível continuar a encarar o cancro como uma doença exclusivamente da população idosa”.