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Ensaio: Dacia Duster BluedCi 115 Prestige 4WD

Um carro equipado com tração integral permite-nos explorar zonas que antes pareciam inacessíveis e sem ter de gastar uma fortuna para isso.

31 Maio 2019
Forever Young

Tanto o Duster como todos os modelos da gama Dacia são conhecidos por representarem uma forma mais acessível e racional de adquirir um automóvel. Seguem o conceito de oferecer muito por pouco e é justamente por isso que a marca tem vindo a registar números de vendas cada vez mais positivos nos últimos tempos.

No caso específico do Duster foi ainda descoberto outro trunfo. É que agora, graças a este modelo, também é possível ter um modelo de todo-o-terreno sem que seja necessário gastar muito dinheiro. A versão 4WD identifica-se apenas pelo pequeno logo existente na aplicação plástica junto das rodas dianteiras. De resto, parece um Duster igual a todos os outros. No habitáculo, passa a estar presente um comando do sistema eletrónico de tração entre os assentos dianteiros, que consegue bloquear o sistema no modo 4WD em que todas as rodas recebem potência, no modo 2WD em que apenas as rodas dianteiras são motrizes (tal como a versão convencional do Duster) ou no modo automático, que deixa o sistema avaliar qual dos eixos precisa de tração e atuar em função disso, quase sem que o condutor se aperceba.

Nas investidas que fizemos fora de estrada e mais afastados do asfalto, o Duster revelou que beneficia bastante de um peso mais reduzido, que deixa o sistema de tração integral brilhar. A maior desvantagem que encontrámos foi no facto de estar equipado com um conjunto de pneus mais estradistas que não gostaram muito de subidas de piso mais irregular e com bastante areia à mistura. O tamanho compacto do Duster, quando comparado com os outros modelos puros e duros que costumam andar pelo mercado, permite passar entre algumas árvores mais próximas do trilho, obrigando-nos apenas a recolher os espelhos, enquanto o sistema de câmaras Multi-View nos vai deixando ver onde andam as rodas do Duster, antecipando qualquer toque com a carroçaria ou irregularidade mais complicada no piso. Apesar disto, as mais variadas aplicações plásticas, fazem com que o Duster esteja protegido para muitos dos ramos e pequenas pedras que vamos encontrando ao longo do caminho, não ficando com qualquer marca da viagem. Ou seja, depois de uma pequena aventura de fim de semana, quase que basta uma lavagem de jato para lhe devolver o seu estado de conservação original.

Quando ao motor, trata-se da mais recente evolução do bloco de 1,5 litros, que agora pertence à família de motorizações BluedCi. Aliado a uma caixa de velocidades manual de seis relações, conta agora com uma potência máxima de 115 cavalos (mais cinco do que na sua geração anterior) e com um binário máximo que chega agora aos 260Nm e que está disponível logo após as 2.000 rpm. A disponibilidade de potência e força estão pensadas para ajudar o Duster a superar toda e qualquer dificuldade que lhe apresentemos e apesar de não estar incluída uma caixa de redutoras, a primeira relação quase que funciona como uma mudança mais baixa. Um dos pontos que nos apercebemos disso é na necessidade de engatar a segunda relação praticamente assim que arrancamos. No que diz respeito aos consumos, este sempre foi um dos principais trunfos desta motorização, pelo que não foi difícil adivinhar que as médias iam ficar abaixo dos seis litros e até abaixo dos cinco em alguns trechos de autoestrada a uma velocidade mais moderada.

No habitáculo, há cinco lugares disponíveis para que a família possa viajar em conjunto, um sistema de navegação que dispensa os tradicionais mapas e uma ficha USB destinada à ligação de dispositivos externos carregados de música para acompanhar cada aventura. A bordo, não espere uma qualidade de materiais digna de um topo de gama. Tanto o Duster como os outros modelos da marca foram mais pensados para robustez e para resistir a mercados mais exigentes. O nosso não é dos piores, mas se isso influenciar o seu preço final, a ideia já é muito bem-vinda. E a verdade é que não há muitas coisas a bordo do Duster que inspirem grandes cuidados, bem pelo contrário. A única sugestão que fazemos à marca é mesmo a de rever estruturalmente os seus assentos dianteiros, uma vez que estes parecem um pouco mais frágeis do que o resto do conjunto.

O grande argumento do Duster continua a ser o seu preço de venda ao público, mesm quando se trata de uma versão mais especifica como aquela que aqui testamos, equipada com um sistema de tração integral e com um nível de equipamento mais recheado, mas também com a presença de quase todos os extras disponíveis para este modelo. Além da desvantagem de pagar Classe 2 nas portagens (ainda que raramente tenha acontecido nos dias em que andámos com esta versão do Duster), a versão 4×4 faz com que o seu preço também aumente um pouco (cerca de 2.200 euros). Feitas as contas, o Dacia Duster que vê nas imagens tem um preço final de 25.726 euros.

A conta começa nos 15.600 euros que custa a versão base de um Duster, passa para os 19.230 euros quando selecionamos o nível de equipamento Prestige e para os 24.486,15 assim que optamos pela motorização diesel Blue dCi de 115 cavalos com o sistema de tração integral. A pintura metalizada custa 390 euros, o ar condicionado automático tem um valor de 300 euros, as câmaras do sistema multi-view, que nos permitem controlar diversos dos ângulos em torno do Duster através do monitor central custam 350 euros e o cartão mãos-livres que nos faz esquecer dos tradicionais momentos de trancar e destrancar o carro, ou mesmo de dar à chave ainda somam 200 euros ao valor final do Duster. Feitas as contas, chegamos ao tal preço de 25.726 euros. Poderá soar um pouco elevado, mas a verdade é que não há assim tantos modelos de tração integral e com a agilidade deste Duster a serem comercializados por um preço semelhante.

Texto de André Mendes (Automonitor).

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