Atualmente o risco de estarmos a deixar que as distrações digitais interfiram negativamente com o nosso bem-estar e com os nossos relacionamentos é bastante real. O vicio digital acontece e muitas pessoas sofrem com isso.
Os exemplos deste problema são vários. Em média tocamos diariamente no nosso telemóvel 2 600 vezes. Sentimos um pânico enorme sempre que nos esquecemos do telemóvel; e a simples ideia de receber uma notificação a qualquer altura pode-nos distrair completamente.
Por outro lado, temos que saber reconhecer os impactos positivos desta tecnologia e desta maior conectividade. Hoje em dia conseguimos manter um contacto mais frequente com amigos e familiares que vivam longe de nós. Muitas vezes conseguimos inclusive conectar-nos sem usar palavras, usamos GIF´s, emojis e outras imagens para exprimirmos melhor os nossos sentimentos. Mas será que toda esta conveniência e facilidade nos tornou dependentes destes dispositivos móveis?
Afinal como saber se estamos realmente viciados?
Ora de acordo com os especialistas, para sabermos a resposta a esta pergunta deveremos responder a duas questões-chave para avaliar a nossa situação:
1. O que estamos a fazer com o tempo que gastamos a olhar para o telemóvel? E isso é consistente com os nossos valores e prioridades?
Se sentir que os seus filhos e você estão a conseguir aproveitar o tempo que passam a olhar para o écran, sem comprometer as horas de sono, as interações face-a-face ou o trabalho/escola, então provavelmente não terá muito que se preocupar.
Tente dar atenção a este “equilíbrio”. Existem inclusive algumas aplicações e definições de telemóvel capazes de ajudar nesta tarefa, limitando as horas em que o seu ecrã pode estar ligado.
2. De que forma pode o uso do seu telemóvel estar a afetar o resto da sua vida e a limitar outras experiências?
A mera proximidade de um telemóvel a si pode afetar a sua concentração no trabalho ou enfraquecer a sua capacidade de estabelecer ligações importantes com os outros.
Estudos recentes indicam que as pessoas não são assim tão boas a fazer muitas coisas simultaneamente (o chamado “multitasking”). Acabamos por prejudicar a atenção que damos às várias tarefas ao invés de nos concentrarmos apenas numa. Esta situação acaba por gerar maiores erros, sobretudo ao concluir tarefas de trabalho.
Conclusão
Abandonar por completo os nossos telemóveis não é algo realista (nem desejável). A verdade é que a Sociedade avançou e os dispositivos móveis são agora um “pilar” essencial. No entanto, ganhar alguma consciência e perceber exatamente quando deverá fazer pausas e largar o telemóvel, pode ser fundamental para assegurar o seu bem-estar a longo prazo.