<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Asteroide que assustou cientistas pode embater na Lua em 2032

7 Julho 2025
Forever Young

Primeiro, pensou-se que podia atingir a Terra. Agora, as atenções estão voltadas para a Lua. O asteroide 2024 YR4 continua a intrigar os astrónomos e a inspirar a ciência.

Em dezembro de 2024, um pequeno asteroide com cerca de 60 metros de diâmetro foi descoberto já depois de ter passado pela Terra. Batizado de 2024 YR4, depressa causou alarme entre os cientistas: existia uma probabilidade de 3% de que colidisse com o nosso planeta em dezembro de 2032. Seria um impacto devastador para qualquer cidade atingida.

Após meses de observações internacionais, incluindo com o Telescópio Espacial James Webb, a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou, em março de 2025, que estava excluída a possibilidade de colisão com a Terra. Mas não foi o fim da história. Há agora 4% de hipótese de o asteroide embater… na Lua.

Porque é que só o descobrimos depois de ter passado?

O asteroide foi detetado dois dias após o seu ponto mais próximo da Terra, simplesmente porque se aproximou vindo da direção do Sol, uma zona do céu que os telescópios terrestres não conseguem observar devido à luz intensa. Esta “falha no radar” é bem conhecida desde 2013, quando o famoso meteoro de Chelyabinsk caiu sobre a Rússia sem qualquer aviso, ferindo mais de 1500 pessoas.

Para resolver este problema, a ESA está a desenvolver o NEOMIR, um telescópio espacial com lançamento previsto para o início da década de 2030. Colocado entre o Sol e a Terra, e equipado com sensores de infravermelhos, o NEOMIR poderá observar asteroides mesmo nas regiões mais difíceis de ver, alertando-nos com semanas de antecedência.

Simulações realizadas pelos especialistas da ESA indicam que, se o NEOMIR já estivesse em funcionamento, teria identificado o 2024 YR4 um mês antes dos telescópios terrestres, permitindo análises muito mais rápidas e seguras.

E se o asteroide embater mesmo na Lua?

Embora a probabilidade de impacto seja baixa (4%), os cientistas não descartam a hipótese. Como o asteroide está agora demasiado longe para ser observado, só em junho de 2028 será possível confirmar se colidirá ou não com a Lua. Caso aconteça, o evento poderá ser visível da Terra e deixar uma nova cratera lunar.

Segundo Richard Moissl, chefe do Gabinete de Defesa Planetária da ESA, “um impacto deste tipo é extremamente raro, e sabermos que pode acontecer torna-o ainda mais especial”. Ainda assim, os efeitos seriam limitados à superfície lunar – não representam qualquer risco para a Terra.

Com os planos de exploração lunar em avanço, a monitorização de asteroides próximos da Lua será cada vez mais importante. Ao contrário da Terra, a Lua não tem atmosfera para proteger a superfície, e até objetos com poucos centímetros podem ser perigosos para os futuros astronautas ou infraestruturas espaciais.

O caso do 2024 YR4 é um exemplo claro da importância da ciência na vigilância espacial e da necessidade de continuarmos atentos ao que se move no céu, mesmo que venha pela “porta dos fundos”, escondido pelo brilho do Sol.