Batata-doce: alternativa para a dieta?

Circula a ideia de que a batata-doce é menos calórica do que a comum. Há espaço para as duas na dieta. A doce custa três vezes mais.

A batata-doce parece ter entrado nas boas graças de chefs de cozinha e de curiosos sobre alimentação e culinária em geral. Embora este tubérculo já ande por cá há muitos anos, descobrem-se agora, com uma facilidade invulgar, receitas e quadros comparativos acerca das propriedades extraordinárias da batata-doce e da maior pobreza nutricional da batata comum.

Batata-doce vs. batata comum: descubra as diferenças

É verdade que a batata-doce é rica em vitamina A e C, cálcio e fibra e que o índice glicémico é mais baixo: a subida do açúcar é mais lenta, uma grande vantagem sobretudo para quem quer perder peso.

Mas, em defesa da batata comum, há que dizer que tem mais potássio e vitaminas do complexo B e contém mais proteína e menos sódio. Quanto a minerais, como o magnésio, o ferro e o zinco, não há grandes diferenças entre as duas espécies. Os resultados laboratoriais não deixam dúvidas: os valores energéticos são parecidos. Conclusão: ambas são boas fontes de hidratos de carbono e de nutrientes e devem ser incluídas numa alimentação variada. Já o preço por quilo da batata-doce (no mínimo, 1 euro) fica longe do custo da comum: 60 cêntimos.

A confeção influencia o valor calórico
Cozidas, o modo mais saudável de as ingerir, mantêm as calorias. Estufadas com azeite, o aumento é pouco significativo. Mas, fritas, as calorias de ambas as batatas aumentam mais do dobro face à crua, caso sejam caseiras, e mais de quatro vezes, se forem de pacote, no caso da batata comum. O puré acrescenta cerca de 30 quilocalorias em 100 gramas de batata, devido à gordura do leite.