Bruce Springsteen continua a provar que a idade é apenas um número. Aos 75 anos, o lendário “Boss” está em excelente forma física e mais combativo do que nunca. No passado dia 14 de maio, deu início à sua nova digressão, Land of Hope and Dreams Tour, em Manchester, no Reino Unido — e deixou claro desde o primeiro acorde que esta será a sua digressão mais política até à data.
Logo no início do concerto, Springsteen dirigiu-se ao público com palavras fortes:
“A poderosa E Street Band está aqui esta noite para invocar o poder da arte, da música e do rock and roll em tempos difíceis. A minha pátria, a América que amo, sobre a qual escrevi, e que tem sido um farol de esperança e liberdade durante 250 anos, está actualmente nas mãos de uma administração corrupta, incompetente e traidora.”
O recado foi directo — e o alvo, evidente. Sem mencionar nomes, o músico criticou duramente o actual cenário político nos Estados Unidos, apelando a todos os que acreditam na democracia para se unirem contra o autoritarismo e fazerem ouvir a sua voz.
A resposta do ex-presidente Donald Trump não se fez esperar. Numa publicação nas redes sociais, atacou Springsteen com insultos, chamando-o de “sobrevalorizado”, “idiota arrogante”, “estúpido como uma pedra” e até “mais seco que uma passa”.
Mas quem conhece Bruce sabe que ele não se intimida. Aos 75 anos, continua a correr quilómetros em palco, a levantar bandeiras e a mostrar que o rock ainda é — e sempre será — uma forma de resistência. A digressão Land of Hope and Dreams promete ser histórica: política, apaixonada e cheia de energia.