O mundo empresarial está cada vez mais competitivo e desafiante colocando o burnout como tópico cada vez comum da vida de trabalho dos tempos modernos. Saber lidar com a pressão e o stress profissional extremo nem sempre é fácil, pelo que o papel dos líderes no auxílio desta gestão é essencial.
Neste sentido, a Reaktor, consultora tecnológica finlandesa especializada em desenvolvimento de software, criação de experiências de marca e transformação digital, apresenta cinco dicas para que as empresas construam uma comunidade de apoio para os seus colaboradores.
1. Liderar pelo exemplo
Os colaboradores seguem muitas vezes de forma inconsciente o comportamento da chefia. É importante que o líder faça pausas regulares, minimize (e compense) as horas extraordinárias, e programe (e defenda em voz alta) as férias regulares e o tempo livre. Os exemplos tornam-se regras não escritas e podem levar os colaboradores a sentir-se culpados por descansar, se aparentemente forem os únicos a precisar deste tempo.
2. Criar uma política que encoraje os colaboradores a tirar dias de folga quando estão doentes
O primeiro sinal de esgotamento e stress a longo prazo é o enfraquecimento do sistema imunitário, que leva a doenças e viroses mais frequentes e o aparecimento de dores no corpo. Estes não são sinais de fraqueza ou preguiça; são sinais biológicos que o corpo manifesta para incitar ao descanso e à recuperação. Neste sentido, é importante normalizar o descanso e a recuperação antes de voltar ao trabalho.
3. Reconhecer que os colaboradores têm uma vida fora do trabalho – e que pode por vezes ser turbulenta
Uma discussão familiar drena energia, uma noite sem dormir com um recém-nascido em casa tem impacto emocional, e o apoio a um amigo em dificuldades cria distração. Os seres humanos não conseguem facilmente pôr as suas vidas de lado quando estão no trabalho, por isso, é compreensível e expectável que isso tenha impacto no seu desempenho.
Neste sentido, é importante proporcionar um ambiente que crie a confiança para que os colaboradores se sintam confortáveis para partilhar estas dificuldades, não com o objetivo ou com a expectativa de que a empresa faça algo a respeito, mas porque pelo menos uma pessoa no trabalho saber o que se passa, diminuiu significativamente a culpa e ansiedade de achar que podem não estar a executar as suas tarefas ao nível que normalmente estariam.
4. Reconhecer os sinais de stress a longo prazo
Mesmo num local de trabalho perfeito e num mundo ideal o esgotamento é por vezes inevitável. A melhor maneira de agir é detetar os sinais antes que estes se intensifiquem e esta não deve ser uma tarefa que caiba a cada indivíduo sozinho identificar, uma vez que, para quem está à beira de um esgotamento, é comum que não se reconheça a situação.
Neste sentido, cabe a toda a organização, desde o departamento de Recursos Humanos, passando pelo departamento de liderança e a um colega de equipa, saber identificar os sinais indicadores de stress e exaustão a longo prazo.
5. Ajudar os colaboradores a lidar com os seus problemas
Quem está envolvido nas suas lutas internas por vezes tem dificuldades em avaliar e perceber a circunstância em que se encontra envolvido. Todo o stress, ansiedade e nervosismo começam a parecer normais, o que leva a uma desvalorização dos mesmos. Por esta razão, os colaboradores não devem ter de lidar com a prevenção do esgotamento sozinhos. Esta deve ser uma tarefa coletiva: para navegar um barco, é preciso o esforço de toda a tripulação. É preciso um capitão para navegar na direção certa, mas cada indivíduo deve ser capaz de refletir por si.