Após três anos de trabalho, a Associação da Calçada Portuguesa, com mais de 50 calceteiros, a colaboração de 8 municípios – Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal e o apoio de mais de 20 instituições nacionais públicas e privadas – concluiu o processo de candidatura à UNESCO, com o objetivo de preservar e promover esta arte, que corre o risco de extinção.
Ao longo do tempo, a calçada portuguesa consolidou-se não apenas como uma das principais referências culturais, identitárias e estéticas do território nacional – continente e ilhas – mas também como um elemento fundamental da paisagem urbana, contribuindo para a identidade do espaço, da história e da cultura portuguesas.
A Associação empreendeu a preparação da candidatura da Arte e o Saber-fazer da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, com o intuito de valorizar o conhecimento, o saber-fazer e a mestria dos calceteiros e de outros artistas plásticos que têm transportado esta técnica ao longo dos anos. Hoje, encontra-se espalhada por várias partes do mundo como marca cultural portuguesa, com especial presença no Brasil e em outros países com os quais Portugal mantém trocas culturais, confirmando a sua relevância universal.
Esta candidatura serve também como um apelo às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção desta arte que deve ser assumida como um ativo estratégico para a afirmação de Portugal.