<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Cancro do Pulmão de Pequenas Células: tumor raro com desafios frequentes

27 Novembro 2023
Sandra M. Pinto

A mensagem é de esperança

Quando falamos de cancro, não falamos apenas de uma doença, mas de várias, muito diferentes, que em comum têm o facto de se iniciarem quando um grupo de células no corpo cresce descontroladamente. É assim também no pulmão, onde se distinguem dois tipos. Um destes é o Cancro do Pulmão de Pequenas Células que, explica António Araújo, Diretor do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, “corresponde a cerca de 10-13%1 de todos os cancros de pulmão e, portanto, começa a ser relativamente raro de se diagnosticar”. Raro, mas, confirma o especialista, com grande impacto: “tem uma taxa de mortalidade muito elevada – mais de 90% dos doentes com Cancro do Pulmão de Pequenas Células terão falecido ao fim de três anos, independentemente do estadio em que são diagnosticados”.

No Mês de Sensibilização para o Cancro do Pulmão, é tempo de sensibilizar para este tipo de tumor que, segundo António Araújo, “pelas suas características, tem tido pouco desenvolvimento em termos de tratamento: durante décadas, era a quimioterapia e a radioterapia e não havia mais alternativas”. Mas, reforça, “hoje em dia, felizmente, têm surgido nesta área algumas alternativas que vêm melhorar um pouco o panorama do tratamento”, o que nem sempre se traduz num acesso atempado ao mesmo em Portugal.

De facto, explica o médico, apesar de Portugal ter, nos últimos anos e no que diz respeito à inovação, “dado alguns passos para estar a par com os restantes países europeus”, perante “as dificuldades que o Serviço Nacional de Saúde atravessa, devido aos constrangimentos quer a nível estrutural como de pessoal, é evidente que pode haver algum atraso no diagnóstico e estadiamento das doenças oncológicas e mesmo no início do tratamento. Especificamente a nível de tratamentos médicos, Portugal também é um dos últimos países da Europa a integrar a inovação no arsenal terapêutico disponível no SNS”.

É por essa razão que o momento do diagnóstico é de grande importância, já que, refere Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão, este “é particularmente difícil, sendo que, para grande parte da população, continua a ser associado a uma sentença de morte. Para além disso, ocorrendo com maior incidência em fumadores ou ex-fumadores, há ainda um sentimento de culpa, um estigma associado à doença”.

A presidente da Pulmonale defende, por isso, a necessidade de um trabalho de capacitação da população em saúde ao longo da vida, promovendo a prevenção, o diagnóstico precoce e uma postura informada no caso de a doença ocorrer. “O facto de o diagnóstico no cancro do pulmão continuar a acontecer maioritariamente em estádios avançados contribui para a perceção existente sobre a doença”.

No que diz respeito ao Cancro do Pulmão de Pequenas Células, “é um tipo de tumor intimamente ligado ao consumo do tabaco no passado e no presente e, portanto, surge em doentes com uma elevada carga tabágica. É um tumor que classicamente se diz ser muito sensível à quimioterapia e à radioterapia, isto é, que responde muito bem ao primeiro tratamento que fazemos, mas que rapidamente ganha resistências”, explica António Araújo. E isto porque, acrescenta, “muitos doentes são diagnosticados tardiamente (geral para todos os tipo de cancro do pulmão) e pelo facto de não haver grandes alternativas de tratamento eficazes face ao comportamento biológico do próprio tumor”.

Porque este apresenta sinais e sintomas comuns a muitas outras doenças benignas – aparecimento ou agravamento de falta de ar, da tosse e da expectoração – “como acontece com a asma ou a DPOC, isso faz com que o agravamento dos mesmos pareça apenas mais um episódio de agravamento dessas doenças, o que contribui para que os doentes demorem mais tempo a recorrer ao médico.”

“Sendo o cancro do pulmão a doença oncológica com maior mortalidade associada, o que em grande medida decorre de os diagnósticos ocorrerem em fase avançada” e porque também, “embora não sendo uma doença exclusiva de fumadores, ocorre maioritariamente em quem fuma”, Isabel Magalhães considera que “o caminho passará necessariamente pela prevenção do tabagismo. No entanto, é absolutamente indispensável mudar o paradigma atual do cancro do pulmão, reduzindo a taxa de mortalidade, através do diagnóstico precoce, para o qual contribuirá de modo decisivo a implementação do rastreio de base populacional”.

Ainda assim, a mensagem é de esperança. “O que queremos é que os doentes tenham mais quantidade de vida e melhor qualidade de vida. Para isso, devem ter esperança, porque estão sempre a serem descobertos novos tratamentos e, para os receber, devem manter-se nas melhores condições físicas e psicológicas para permitirem que os seus médicos encontrem as melhores soluções de tratamento”, reforça António Araújo.

Aliás, existem, atualmente, vários estudos em fase avançada para fazer face a esta doença, nomeadamente a partir de invertebrados marinhos – pelo facto de não terem sistema imunitário, percebeu-se que deveriam ter mecanismos de defesa para sobreviver à evolução dos tempos. Com estas hipóteses, a PharmaMar realiza expedições em todos os mares e oceanos do mundo, à procura de compostos anticancerígenos. Luís Mora, Diretor Geral das unidades de negócio de Oncologia, Virologia e Identificação Genética da PharmaMar explica que “as amostras dos organismos marinhos são estudadas para conhecer a sua taxonomia e avaliar a sua atividade biológica nas células tumorais. Se existir uma atividade anticancerígena do organismo inteiro, procedemos a um “fracionamento” para isolar a substância responsável pela atividade e estabelecer a sua estrutura química. Atualmente temos cerca de 350.000 amostras marinhas, que representa a maior coleção do mundo”. 

 

[1] RON. Registo Oncológico Nacional de Todos os Tumores na População Residente em Portugal, 2019. Disponível em: https://ron.min-saude.pt/media/2214/ron-2019_new_v8f.pdf [Acedido a 21.11.2023]

Mais Recentes

Ácido clorídrico: conheça os perigos do material derramado no porto de Leixões

há 32 minutos

Roupa guardada e com perfume irresistível? Sim, é possível: descubra como já de seguida

há 42 minutos

Estudo revela como os portugueses preparam as suas malas para viajar

há 1 hora

Investigadores portugueses mostram impacto de terapia inovadora no tratamento de doença da visão

há 2 horas

Dados de viagens revelam que os viajantes portugueses não se cansam da Ásia

há 2 horas

Celebre o verão com um brunch e acesso diário à piscina: tudo neste hotel

há 17 horas

Opinião: «Hiper-realistas, bebés reborn podem ser confundidos com bebés reais: brinquedo ou apoio emocional?», Alberto Lopes, neuropsicólogo/hipnoterapeuta

há 18 horas

5 dicas essenciais para vender os seus produtos em segunda mão

há 18 horas

Médico de Família: «O seu médico, sempre presente», Deolinda Chaves Beça, médica de família

há 18 horas

Água termal, temperatura a 30ºC e sem paredes: estas são as únicas termas ao ar livre em Portugal (continental)

há 19 horas

«Não use estes medicamentos; se usados em excesso, pode ter efeitos semelhantes aos da cocaína», alerta especialista

há 19 horas

Acabaram-se as picadas de agulha dos diabéticos: este invenção controla a glicemia com mais precisão

há 20 horas

Este é o “café mais bonito do mundo”: turistas fazem fila para entrar e um café pode custar 13 euros

há 20 horas

Para conhecer já hoje: estes são os 8 benefícios da masturbação

há 20 horas

Faça com que as almofadas e os travesseiros durem mais tempo: ponha em prática este truque

há 21 horas

Procure imediatamente o médico se sentir estas dores

há 21 horas

Água com gás: é ou não saudável?

há 21 horas

Se já passou dos 50: jamais coma estes alimentos à noite

há 22 horas

Projeto Universitário Contra o Cancro: como falar com jovens adolescentes?

há 22 horas

Esta é razão que leva a barriga a fazer barulho quando está vazia

há 23 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.