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Centros saúde: administradores pedem resposta constante para doente agudo não urgente

Os administradores hospitalares defendem que o atendimento ao doente agudo não urgente nos centros de saúde deve funcionar todo o ano, juntando-se aos centros de atendimento clínico e às urgências com necessidade de contacto prévio para a linha SNS24.

7 Janeiro 2025
Forever Young com Lusa

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, lembra que mudar hábitos (no acesso à saúde) é difícil e demorado e defende que “quanto mais estável for a resposta, melhor”.

Dando o exemplo de algumas medidas já em curso para desobstruir o acesso às urgências hospitalares, como o acesso referenciado (com necessidade de contacto prévio com a linha SNS24) e os centros de atendimento clínico, para onde são desviados os doentes menos urgentes e que já estão a funcionar em Lisboa, Porto e Coimbra, Xavier Barreto diz que, a estas, se deve juntar uma terceira medida, envolvendo os cuidados de saúde primários.

“Eu acho que temos de juntar a isto uma terceira ideia, que é a de ter uma resposta nos cuidados de saúde primários para o doente agudo não urgente, mais estruturada, mais sustentável ao longo do ano e que não seja só em períodos mais curtos durante o inverno”, afirmou.

Xavier Barreto diz que esta resposta sazonal “deveria ser mais perene ao longo do ano”: “deveríamos ter uma resposta para o doente agudo não urgente, uma porta aberta para estes doentes nos centros de saúde, porque, não a tendo, eles dirigem-se à única que conhecem e que está aberta, que é a urgência hospitalar”.

Reconhece que isto tem “desafios importantes”, sobretudo em Lisboa, onde há uma baixa cobertura de cuidados de saúde primários, mas defende que “não é impeditivo que se avance nesse sentido”.

“Para além de todas as outras coisas que estão em curso, que são positivas (…), esta é a ideia de envolver mais os cuidados de saúde primários e responsabilizá-los também pelo atendimento ao doente agudo é uma ideia importante e que tem de fazer o seu caminho. Não pode ser só uma coisa sazonal”, sublinhou.

Refere que “uma cultura demora muito tempo a criar”, defendendo que “é mais difícil criá-la se for uma coisa com muita variação [como o atendimento ao doente agudo não urgente nos cuidados primários]”.

E acrescenta: “Se durante o inverno dizem ao doente que é para ir ao centro de saúde, mas depois chega a março e já é para ir ao hospital, as pessoas não percebem”.

Para esta constância no atendimento ao doente agudo não urgente nos cuidados de saúde primários, Xavier Barreto diz que “os centros de saúde têm de ser capacitados com imagiologia e análises clínicas” para terem capacidade de fazer um diagnóstico e resolver as situações dos doentes.

“Não podem ser só um ponto onde os doentes tocam e são sinalizados ou para se manterem em casa ou para irem ao hospital”, acrescenta, sublinhando: “o doente ter que sentir que tem todos os meios necessários ao seu diagnóstico”.

Defendendo que “as reformas precisam de meses para dar resultados”, lembra que as novas medidas para desbloquear o acesso às urgências começaram há alguns meses: “Não se pode pensar que hábitos criados ao longo de décadas se mudem em dois meses”.

SO // ZO

Lusa/fim

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