Estudo da Mastercard sobre intenções de consumo, revela que 88% dos viajantes europeus e internacionais planeiam gastar o mesmo ou mais em experiências em 2024, comparativamente a 2023, num ano marcado por múltiplos eventos desportivos de projeção global, digressões musicais e festivais de cinema.
O estudo foi realizado em 24 países, incluindo em Portugal, com o objetivo de compreender a mudança nas preferências de mais de 16.000 consumidores ao nível das experiências e respetivos gastos na Europa, um dos maiores polos turísticos globais e que em 2023 atraiu uns impressionantes 700 milhões de turistas.
Para os portugueses, as principais intenções de compra para este ano vão para viagens (67%), concertos de música ao vivo (48%), escapadelas[2] relacionadas com o bem-estar (40%), experiências em família ou gastronómicas (39%) e experiências ao ar livre (36%).
Em linha com a tendência nacional, a prioridade dos consumidores europeus também vai para as viagens (59%), seguido de festivais e concertos (34%), experiências ao ar livre (34%), gastronómicas (33%) , seguidas das experiências associadas ao bem-estar (32%).
O benefício ‘intangível’ das experiências é referido pela maioria dos consumidores nacionais e europeus como o principal motivo para darem prioridade a este tipo de gastos. Na verdade, mais de 4 em 5 (85%) dos portugueses disseram que este tipo de gastos geralmente, ou quase sempre, vale a pena, em contraste acentuado com os 2% que acham que raramente ou nunca vale o investimento, e com 30% dos consumidores a afirmarem que poupam uma parte do seu orçamento familiar para poder gastar em experiências.
Entre os principais motivos apontados pelos portugueses estão o facto de as experiências proporcionarem as melhores recordações (49%), ajudarem a ver o mundo sob uma nova perspetiva (41%) ou o facto de encontrarem nas experiências partilhadas com outros um enriquecimento profundo (40%) para a sua vida pessoal, seja a explorar um novo destino, a assistir a um evento cultural, ou, simplesmente, a desfrutar de uma refeição com quem mais gostam. Além disso, o principal factor determinante na decisão de investirem numa experiência é o facto de poder ser única (41%) refletindo a vontade de criar memórias para toda a vida.
O estudo revela, ainda, que o desejo de desfrutar destas novas experiências está a impulsionar as viagens, com 31% dos portugueses a referirem que tencionam planear uma viagem para desfrutarem de uma experiência em particular, e quase metade (49%) a afirmar que viajariam para outro país, ou continente, apenas para desfrutar de uma experiência que desejam concretizar.
Raja Rajamannar, Chief Marketing & Communications Officer da Mastercard, salienta, a propósito das principais conclusões do estudo, que “não é de admirar que os europeus estejam a dar cada vez mais prioridade às experiências. Além da vibrante herança cultural desta região e dos locais incríveis que a tornam um cenário ideal para memórias que duram uma vida, também é palco de eventos desportivos e musicais sem paralelo. Na Mastercard o nosso objetivo é ligar as pessoas às suas paixões e aos seus propósitos – todos os dias, em todo o lado, através da nossa iniciativa priceless. Esta investigação ajuda-nos a perceber as prioridades das pessoas para este ano e de como podemos trazer mais alegria às suas vidas. Hoje, oferecemos inúmeras Experiências priceless em mais de 30 destinos a nível global. Estamos a prepararmo-nos para um grande verão na Europa e isso incluirá proporcionarmos o acesso a algumas das experiências mais emocionantes do mundo, incluindo a Final da UEFA Champions League, o Festival de Cannes, o Open, centenas de concertos da Live Nation e muitos outros.”
A tendência dos consumidores darem prioridade a gastos em experiências em detrimento de ‘bens’ baseia-se nos dados do Mastercard Economics Institute, que revelam que a quota de gastos em experiências na Europa, como é o caso das viagens ou das experiências gastronómicas, aumentou para 22% do total de despesas em 2023, comparativamente com 19% em 2019. Por outro lado, a quota de despesas em bens físicos manteve-se estável.
Natalia Lechmanova, economista sénior do Mastercard Economics Institute, explica que “nos últimos anos os consumidores têm sido confrontados com escolhas desafiantes na priorização dos seus gastos. Mesmo assim, o investimento em experiências permanece resiliente. E com o recuo gradual da inflação e das elevadas taxas de juro, é expectável que possam aplicar uma maior percentagem do seu poder de compra em despesas discricionárias, como as experiências. A emoção impulsionada por eventos relevantes, como competições desportivas globais, digressões de bandas e festivais de cinema internacionais que chegam à Europa este ano, provavelmente manterá as despesas em experiências elevadas.”