O líquido que se forma à superfície do iogurte é conhecido como soro do leite. Segundo o cientista Bryan Quoc Le, em declarações ao site Health, trata-se de uma das duas principais proteínas do leite, juntamente com a caseína. Quando o leite é fermentado para dar origem ao iogurte, a caseína solidifica e o soro permanece em forma líquida.
O aparecimento desse líquido não é sinal de deterioração, mas sim um processo natural. “É como o óleo que se separa na manteiga de amendoim natural”, exemplifica Bryan Quoc Le.
Por que motivo deve consumi-lo?
Deitar esse líquido fora pode significar perder parte dos nutrientes do iogurte. O dietista Toby Amidor sublinha que o soro é uma “proteína completa”, com os nove aminoácidos essenciais que o corpo não consegue produzir por si. É ainda uma boa fonte de cálcio, vitaminas e probióticos.
Além disso, é facilmente digerido e absorvido, sendo também eficaz a prolongar a sensação de saciedade. Misturá-lo de novo no iogurte é a forma mais simples de beneficiar destes nutrientes.
Todos os iogurtes têm esta proteína?
A quantidade de soro visível depende do tipo de iogurte. O iogurte grego, por exemplo, é sujeito a um processo de coagem que retira grande parte do soro, tornando-o mais espesso. Já nos iogurtes comuns ou líquidos, o líquido tende a ser mais visível.
No caso dos iogurtes de base vegetal, a separação pode também ocorrer, mas aí o líquido será sobretudo água, sem os mesmos benefícios nutricionais.
A dietista Sherry Coleman Collins, citada pela Fox News, reforça os benefícios do iogurte como fonte de culturas vivas e activas. “Um intestino saudável e com uma microbiota diversificada está associado a menor risco de doenças crónicas, incluindo a diabetes tipo 2”, afirma.
A especialista recomenda escolher iogurtes sem adição de açúcar e destaca o iogurte grego simples como uma das melhores opções, graças ao elevado teor de proteína e cálcio.