Geralmente, as pessoas que estão com depressão, têm hábitos sedentários. Os músculos da coluna vão ficando mais fracos e frágeis, suscetíveis às dores. No entanto, o contrário também é comum. Foi o que mostrou um estudo inglês que avaliou mais de 190 mil pessoas em 43 países.
O objetivo da pesquisa era avaliar se as pessoas com dor nas costas tendem a ter um quadro depressivo. Os resultados mostraram que sim. Ou seja: pessoas com dor nas costas têm uma possibilidade maior de desenvolver depressão e, por sua vez, pessoas com depressão têm maior possibilidade de desenvolver uma condição de dor nas costas ou problemas relacionados à coluna.
A pesquisa recolheu dados no World Health Survey e encontrou prevalência de 35,1% de dor nas costas em geral e 6,9% de dor nas costas de forma crônica. Entre as condições psicológicas analisadas, a depressão apresentou uma relação mais forte. Isso porque pessoas com dor nas costas têm, em média, três vezes mais possibilidade de ter depressão.
Quando a pessoa tem dor crónica, diária, muitas vezes incapacitante, há dificuldade para dormir (sono restaurador), irritabilidade, isolamento social, desinteresse por atividade física (que gera atrofia muscular) e sexual.
Além disso, grande parte dos medicamentos para o tratamento da dor crónica trazem uma série de efeitos colaterais que podem causar reclusão social também.
A depressão pode causar dores crónicas como uma das manifestações da doença.
A pessoa com dor crónica e depressão precisa de acompanhamento multidisciplinar com um especialista em coluna, especialista em dor, psiquiatra e psicólogo para a realização de diversas abordagens, o que é fundamental para o tratamento correto.