Todos conhecemos o estereótipo associado às crises de meia-idade dos homens. Carros desportivos, namoradas mais novas, novo estilo de vestuário, etc. Habitualmente estes são alguns dos principais exemplos usados para caracterizar este momento de transição, na chegada aos 40/50 anos.
Procuram parecer mais novos e garantir que têm ainda uma vida entusiasmante. Curiosamente para as mulheres a situação não parece ser tão discutida (ou até divertida). São poucas as descrições sobre o que significa uma crise de meia-idade para o público feminino. Todavia, estes momentos de incerteza também acontecem, obviamente.
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Neste sentido, o portal VivaFifty recolheu o contributo de diversos especialistas com o objetivo de compreender melhor como se caracteriza este momento de crise – sobretudo para as mulheres – e de que forma estas o podem ultrapassar.
Eis as principais estratégias e conclusões que deve conhecer.
- Novas aventuras
É frequente que a partir da meia-idade as mulheres se sintam mais inquietas em relação à sua vida profissional. Começam a questionar mais ativamente a forma como estão (ou não) a ser valorizadas, fazem um balanço do seu percurso e questionam se chegaram a cumprir o seu real potencial.
Neste sentido, a crise de meia-idade não está tão associada ao recuperar de uma “juventude perdida”, mas sim ao aproveitar e sinalizar do seu próprio poder. Ao compreender que esta é a fase certa para assegurar que está a viver a sua vida de acordo com os seus desejos, potencial e objetivos.
Este pode ser assim o momento ideal para se aventurar num novo rumo profissional que seja mais gratificante e que esteja mais alinhado com a sua vida. Nunca é tarde para mudar. Analise bem o seu caso e peça ajuda profissional, caso sinta necessário.
- Redefine o conceito do que significa “ter mais de 50 anos”
Ao menos que tenha descoberto uma verdadeira “fonte de juventude” o mais provável é que o seu aspeto físico se tenha alterados desde os tempos dos seus 20 anos. É apenas normal. Será determinante que aprenda a aceitar e a cuidar do seu novo visual. Procure iniciar novas rotinas de exercício físico e dietas alimentares que vão ao encontro das suas necessidades, tanto a nível estético como de saúde. Isto irá ajudar a que sinta melhor, mais motivada e mais confiante.
- Enfrente a crise com o apoio do seu parceiro
Uma crise de meia-idade pode representar um risco para a saúde de um casal, sobretudo se ambos os membros do casal a enfrentarem simultaneamente. É assim essencial que compreenda isto e que procure salvaguardar o seu relacionamento. Fortaleça a comunicação com o seu parceiro e falem abertamente sobre os principais temas que estão a ocupar as vossas mentes. Tanto os receios, como os objetivos futuros. Esta é uma “jornada” que se tornará mais fácil se for acompanhada por outra pessoa que ama e respeita. A ideia será que em conjunto sejam capazes de encontrar um novo rumo comum, capaz de colmatar algumas das novas necessidades individuais assinaladas.
- Síndrome de ninho vazio
Muitas mulheres com mais de 50 passam por este momento. A altura em que os filhos saem de casa pode ser um momento altamente disruptivo e doloroso, capaz de colocar também em causa o rumo da existência dos pais. A melhor forma de se preparar para este momento é planear adequadamente, no sentido de encontrar múltiplas outras coisas que acrescentem significado à sua vida. Não pode estar inteiramente dependente dos seus filhos. Deve ser capaz de descobrir outras maneiras de viver, outros “papéis”, capazes de enriquecer o seu dia-a-dia.
- Converter a crise numa transição
Ser capaz de alterar a sua perspetiva sobre a realidade é uma das ferramentas mais poderosas ao seu dispor. Em grande parte, somos capazes de controlar a nossa mente. Este tipo de compreensão deve ser aproveitado para garantir que nos colocamos num mindframe que maximize o nosso bem-estar.
Aprenda a converter as suas dúvidas e frustrações em entusiasmo e novas expectativas. É sempre possível que se foque nos aspetos mais positivos deste momento de mudança. Acima de tudo este não deve ser considerado um risco, mas sim antes uma enorme oportunidade para melhorar a sua vida e as suas circunstâncias. Esta é (mesmo) a melhor altura para se concentrar na sua própria felicidade.